Endo fazendo o segundo gol do Kashima. Estaria na hora de rever a vantagem?
Toda vez que um time sul-americano é eliminado nas semifinais da Copa do Mundo de clubes, sempre vem a pergunta: estas equipes ainda estão tão a frente do resto do mundo, fora a Europa? Elas ainda deveriam ter a vantagem de entrar em fase avançada mesmo quando no ano anterior um representante da Conmebol não se classifica para a decisão?
Quando a Copa do Mundo de Clubes da Fifa passou a ser realizada interruptamente, em 2005, a primeira fórmula era com seis times, mas com europeus e sul-americanos entrando apenas na semi. Em 2007, passou a disputar também o campeão do país sede e foi criada mais uma fase. Porém, nada mudou para os times da América do Sul e Europa.
A primeira vez em que se contestou a vantagem foi em 2010. O Internacional foi eliminado em seu primeiro jogo, perdendo para o Mazembe, representante africano, por 2 a 0. As perguntas começaram a pintar e os questionamentos também. Porém, os dois sul-americanos seguintes chegaram à final, Santos, em 2011, e, principalmente Corinthians, que conquistou o título em 2012, e as indagações cessaram.
O Internacional perdeu para o Mazembe em 2010
Em 2013 o questionamento voltou à tona. O Atlético Mineiro, representante sul-americano, foi derrotado pelo Raja Casablanca, time da casa, por 3 a 1, e as perguntas voltaram. Será que eles merecem a vantagem?
Em 2014 e 2015, os representantes sul-americanos foram os argentinos San Lorenzo e River Plate. Ambos chegaram à final, mas não tiveram chances encarando, respectivamente Real Madrid e Barcelona. A dúvida já era outra: a diferença entre clubes europeus e sul-americanos já é maior do que entre as equipes da Conmebol e o resto do mudo? Por essa diferença, será que eles ainda merecem ter a vantagem?
Neste ano, o tema ficou muito forte. O Atlético Nacional não conseguiu converter suas chances no primeiro tempo em gols, ficou nervoso na etapa final e foi derrotado pelo Kashima Antlers, representante do país sede, por 3 a 0. Foi a maior derrota de um sul-americano para um não europeu no Mundial. E a vantagem? Ela é necessária.
O Raja Casablanca bateu o Atlético Mineiro em 2013
O Curioso do Futebol é contra que qualquer time entre em fase avançada no Mundial de Clubes, e já propôs duas fórmulas onde o campeão faria apenas três jogos e em um campeonato com espaço de tempo similar ao atual (você pode conferir a matéria aqui, feita por Diego Dantas e Victor de Andrade). Acreditamos que todas as equipes classificadas deveriam ter a mesma chance.
Porém, mesmo na atual fórmula, continuando com as vantagens, poderia acabar com estas perguntas de forma bem simples: as federações dos times finalistas do ano anterior é que ficariam com as vagas diretas na semi no Mundial seguinte. E um detalhe: caso um europeu não conseguisse ir para a final, também perderia a vantagem no ano seguinte.
Exemplo: neste ano, estaria correto que europeu e sul-americano entrariam direto na semi, pois a decisão do ano passado foi Barcelona e River Plate. Porém, para 2017, o time asiático ganharia a vantagem do sul-americano, já que chegou à final neste ano (sim, é o time da casa, mas dar a vantagem para o representante do país sede seria demais. Portanto, ficaria para o time da Ásia).
O que vocês acham da proposta? Deixem comentários e sugestões.
Sensacional a ideia!! e o blog também abs
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