Marcelo Passos hoje é assistente técnico do time Sub-23 do Santos FC
Um
jogador que já era bastante comentado desde as categorias de base do
Santos FC no início dos anos 90, Marcelo Passos de Oliveira era um
talentoso meia que se destacava por lançamentos precisos e chutes
venenosos.
Nascido
em Guarujá, no dia 2 de janeiro de 1971, Marcelo Passos foi
importante na campanha do Santos FC no vice-campeonato brasileiro de
1995 e depois teve uma boa passagem pelo futebol pernambucano, no
Náutico, onde foi campeão estadual em 2001, tirando o time da fila,
e no Sport. Além disso, ele defendeu vários times grandes, como
Flamengo e Goiás, jogou no exterior, Beira-Mar, de Portugal, e o
Maccabi Ahi Nazareth, de Israel, e encerrou a carreira como jogador
na Portuguesa Santista, em 2007.
Depois,
Marcelo Passos continuou trabalhando com o futebol. Foi gerente do
time Sub-20 da Briosa, em 2014, campeão paulista da segunda divisão
da categoria, e em 2016 acumulou a função de assistente técnico do
time B do Santos FC e da Portuguesa Santista, que conquistou o título
da Segunda Divisão de São Paulo, onde todos foram unânimes em
dizer que ele teve fundamental importância junto ao elenco rubro
verde.
No Santos, em 1995
Com tudo
isso, O Curioso do Futebol bateu um papo com ele e você pode
conferir agora:
O
Curioso do Futebol: Antes de falar de sua carreira como
jogador, você teve um ano de muito trabalho no futebol, já que
acumulou a função de auxiliar técnico no Santos B, que disputou a
Copa Paulista, e da Portuguesa Santista, campeã paulista da Segunda
Divisão. Como foi encarar os dois trabalhos ao mesmo tempo?
Marcelo
Passos – Primeiramente,
agradeço à Deus por essa oportunidade única de poder representar e
contribuir com um pouco da experiência que tive dentro e fora das
quatro linhas. Hoje encaro tudo isso como aproveitamento de todoo
tempo perdido correndo atrás do melhor, passando aos atletas a
oportunidade que eles estão tendo de poder crescer na vida pessoal e
profissional.
OCDF
- Teve casos que foram dois jogos no mesmo dia, certo? E
aí, como você fez?
MP -
De acordo com contrato de parceria, a primeira opção era a
Portuguesa Santista e depois o Santos FC. Porém, teve um caso
interessante: um dia, eu trabalhei de manhã com o Santos em um jogo
no campo do Nacional, na Barra Funda em São Paulo (N.R.: vitória
do Peixe por 2 a 1, em 9 de julho) e saí direto para Mogi das
Cruzes, onde a Briosa enfrentou o Atlético local (N.R.: a
Portuguesa venceu por 2 a 0). Dois triunfos no mesmo dia.
Marcelo Passos é o último agachado no time de 1995
OCDF
- Voltando ao início da carreira como jogador, quem te
'descobriu' no futebol e como você foi parar no Santos FC?
MP -
Tive a oportunidade junto ao meu tio Porfirio de ter ido aos
Portuários de Santos fazer um teste, onde passei, e o professor
Jenner me levou para o Santos F.C. Comecei na categoria dente de
leite e assim segui carreira, tendo ajuda de varias pessoas como
Dalto Rodrigues, Laudier, Xaxá, Vicenzo de Gregorio, Amauri Prado,
entre outros, além de meus familiares.
OCDF
- Quando e como foi sua estreia pela equipe profissional
do Santos FC? Quem acompanhava a base já falava do seu potencial.
Como foi a experiência?
MP -
Minha estreia foi no profissional foi logo após ter jogado a
Taça São Paulo de Juniores, onde me destaquei e tive a oportunidade
de ser levado para o time principal do Santos. Fui convocado para o
jogo contra o Ituano, em Itu, entrei e fiz o gol da vitória do
Santos.
OCDF
- Logo no seu início no Santos FC, o técnico Evaristo de
Macedo viu em seu futebol uma semelhança com o do Romário. Com isso
ele te tirou da meia e te escalou como centroavante. Como foi esta
experiência?
MP -
Essa experiência não foi muito agradável para mim, até porque
eu tinha uma característica de vir de trás com a bola e ficando
entre os atletas dentro da grande área, com pouca estatura, tive
muita dificuldades. Mas, com o tempo, fui adquirindo experiência e
assim com outros técnicos consegui me destacar como meia vindo de
trás, onde até aproveitava melhor minhas características, como
lançamentos, passes e chutes.
Pelo Náutico, em 2001
OCDF
- Você foi peça importantíssima no time de 1995 do
Santos. Como foi aquela campanha e o sensacional jogo contra o
Fluminense, no Pacaembu?
MP -
No meu modo de ver,
todos foram importantes naquela campanha, desde o mordomo da rouparia
atá a presidência do clube. Jamais será esquecido um jogo como a
importante vitória contra o Fluminense, principalmente pelas
expectativas inesperadas por todos, de que o Santos não teria
capacidade de vencer o Fluminense com três gols de diferença. Foi
emocionante e fiz um dos gols daquele jogo que ficou para a história.
OCDF
- Depois, você passou por alguns times, como Flamengo e
Goiás, e uma volta ao Santos em 1997, e teve uma grande fase no
futebol pernambucano, como foi atuar lá?
MP -
Atuar em Pernambuco foi uma experiência única, onde passei
primeiro por um clube que não era campeão a muitos anos, e que
infelizmente não tinha muito profissionalismo, o Náutico. Porém, o
grupo superou as dificuldades e conseguimos o título de campeão
estadual em 2001. A conquista já me fez se sentir realizado por
todos objetivos e respeito pelo meu futebol alcançado. Além disso,
ainda passei pelo Sport logo em seguida.
OCDF
- E sua experiência no exterior, como foi?
MP -
Minha experiência no exterior, em Portugal e Israel, foi única
por aprender uma cultura diferente, de respeito ao profissionalismo
e, além de tudo, por metas e conquistas alcançadas. Tudo isso só
nos fortalece e nos motiva a hoje passar para todos os atletas mais
jovens esta experiência.
Jogando pela Portuguesa Santista em 2007
OCDF
- No fim da carreira como jogador, você atuou por outro
clube de Santos, a Portuguesa Santista. Você já esperava jogar um
dia na Briosa?
MP -
Nunca esperava encerrar minha carreira na Portuguesa, mas
confesso que me sinto lisonjeado por ter vestido a camisa da Briosa,
onde me sinto como se fosse minha segunda casa, pois o Santos é a
primeira, a Portuguesa a segunda e minha própria residência a
terceira .
OCDF
- Após encerrar a carreira como jogador, você não parou
de trabalhar com o futebol. Quais foram suas experiências?
MP -
Tive varias experiências fora das quatro linhas, mas trabalhando com
o futebol. Tive um projeto com garotos de 7 a 18 anos e o objetivo
era fazer com que todos praticassem o esporte e terem chances maiores
de se tornarem um cidadão brasileiro competente, sem ter aproximação
de drogas e outras coisas que não levem a lugar algum.
OCDF
- Além disso, você atua na Seleção Brasileira de
Masters. Como é jogar do lado de tantas feras, mas sem aquele
compromisso da época de jogador profissional?
MP -
Acredito que o compromisso é ainda maior por estar ao lado de
grandes estrelas e também participar de vários eventos importantes.
Além de tudo, estou podendo representar uma nação única, a
Brasileira.
No 'Jogos para Sempre', contando a história do Santos x Fluminense de 1995
OCDF
- Quais serão os seus trabalhos em 2017?
MP -
Irei manter meu trabalho junto ao Santos B, como auxiliar
técnico, procurando dar o melhor por toda experiência alcançada
durante toda minha carreira, mas nunca deixando de agradecer a Deus
pela oportunidade, ao presidente Modesto Roma Júnior e ao técnico
Kleiton Lima.
O Curioso do Futebol agradece a atenção de Marcelo Passos com nossa equipe.
0 comentários:
Postar um comentário