Nascido em Belém, no dia 19 de fevereiro de 1954, e falecido no dia 4 de dezembro de 2011, Sócrates Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, ou simplesmente Sócrates, marcou época no futebol brasileiro, sendo dentro de campo, com seus belos lances e o toque de calcanhar, como com sua postura fora das quatro linhas.
Ídolo no Botafogo de Ribeirão Preto, onde iniciou a carreira, no Corinthians, onde teve seu ápice, e na Seleção Brasileira, Sócrates também defendeu as camisas de Fiorentina, Flamengo e Santos, além de ter tido uma história controversa. Vamos conferir como foi a carreira do 'Doutor'.
BOTAFOGO DE RIBEIRÃO PRETO
Em sua última passagem pelo clube, em 1989
Sócrates estreou nos profissionais do Botafogo de Ribeirão Preto com 20 anos, em 1974, e ficou até 1978. Mesmo mostrando todo seu talento (o recorde de gols em uma só partida do Campeonato Paulista é dele, em uma goleada de 10 a 0 na Portuguesa Santista, com ele marcando sete, em 1976), os times grandes tinham dificuldades para contratá-lo, pois ele só quis sair da equipe quando terminou a faculdade de Medicina. Por isso, ele fez mais de 200 jogos com a camisa Tricolor Ribeirão-Pretana. Em 1989, ele voltaria ao clube para encerrar a vitoriosa carreira.
CORINTHIANS
Incentivando o povo a ir às urnas. Este era Sócrates
Sócrates chegou no Corinthians em 1978 e logo conquistou a Fiel Torcida. Seus belos lances e sua postura fora de campo fizeram do Doutor uma figura respeitadíssima até fora do futebol. Líder da Democracia Corintiana, defendeu, junto com seus companheiros, o poder de voto da população brasileira. Foi no Timão onde Sócrates teve o ápice de sua carreira. Acabou indo para a Europa em 1984, deixando saudade no Alvinegro.
FIORENTINA
Sócrates e Daniel Passarela
Assim como outros craques brasileiros daquela época, como Falcão, Zico, Júnior e Toninho Cerezo, Sócrates desembarcou na Itália para disputar a temporada 1984/1985 do Calccio pela Fiorentina. O Doutor não foi muito bem na terra da bota, tendo jogado apenas 28 jogos e feito 13 gols. Ao fim da temporada, voltou ao Brasil.
PONTE PRETA
Placar anunciando a contratação que não aconteceu
Já sei, você deve estar falando que Sócrates nunca jogou na Ponte Preta. Realmente ele não entrou em campo, mas chegou a ser apresentado e foi capa da Placar com a camisa da Macaca. Em agosto de 1985, quando ele voltou da Itália, a Luqui (empresa de Luciano do Valle, torcedor do time) armou um projeto para que o Doutor defendesse o time de Campinas. Sócrates vestiu a camisa do clube e deu entrevistas como atleta da Ponte. O problema é que na hora do fechamento financeiro, houve uma diferença entre o que a Luqui arrecadou e o que Sócrates e a Fiorentina queriam receber e o sonho ponte-pretano foi cancelado.
FLAMENGO
Outra capa, agora anunciando a ida para o Flamengo
Se a Luqui não conseguiu levar o craque para a Ponte Preta, o Flamengo conseguiu fazer uma proposta para que Sócrates defendesse o Rubro Negro a partir de 1985. A torcida ficou em êxtase, já que junto com o Doutor, o Fla repatriava o ídolo Zico. Porém, sua passagem pela equipe da Gávea não foi das melhores, já que o jogador sofria muito com as contusões. Em dois anos, foram apenas 45 jogos e oito gols e ele resolveu se afastar dos gramados.
SANTOS
Defendendo o time que ele torcia
Sócrates ficou um ano parado e em 1988 resolveu realizar uma vontade: defender o Santos FC, time de seu coração. Já veterano, depois de um ano parado e ainda com problemas físicos, Sócrates teve uma passagem apenas razoável pelo Peixe, que vivia também o tempo das vacas magras (a segunda metade dos anos 80 foi uma das piores da história do clube). Pelo Santos, foram 23 jogos e apenas sete gols.
SELEÇÃO BRASILEIRA
Capitão na Copa de 1982
Sócrates estreou com a camisa amarelinha em 1978 e passou a ser constantemente convocado por Telê Santana. Foi titular do memorável time da Copa de 1982, quando era o capitão, talvez o mais talentoso com a camisa da Seleção. Ainda foi para a Copa de 1986, quando fez seu último jogo pela equipe canarinho na eliminação contra a França, quando perdeu a cobrança na decisão por pênaltis. Pela Seleção, fez 63 jogos e marcou 25 gols.
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