Mário Sérgio com a camisa da Seleção
O acidente aeronáutico que envolveu a delegação da Chapecoense que iria disputar a final da Copa Sul-Americana também teve como vítimas membros do cronismo esportivo, que estavam indo para Medellin cobrir a decisão. Entre eles estava o ex-jogador e atual comentarista do Fox Sports Mário Sérgio.
Mário Sérgio Pontes de Paiva nasceu no Rio de Janeiro, no dia 7 de setembro de 1950. Foi revelado pelo Flamengo, clube que defendeu entre 1969 e 1971, quando foi negociado com o Vitória da Bahia. Em Salvador viraria ídolo Rubro Negro e foi campeão baiano em seu primeiro ano no clube, em 1972. O sucesso no Nordeste fez com que ele voltasse ao Rio de Janeiro, para defender o Fluminense.
Pelo Vitória, em um Ba-Vi
No Tricolor Carioca, Mário Sérgio começou a demonstrar duas de suas principais características: o brilhantismo com a bola nos pés e a polêmica, brigando com adversários e não tendo papas na língua, dizendo sempre o que pensa. Foi bi-campeão Carioca, fazendo parte do grande time do Fluminense, mas em seguida, nas famosas trocas de Francisco Horta, foi parar no Botafogo, onde não teve o mesmo sucesso.
Em 1979, Mário Sérgio foi para a Argentina, jogar no Rosario Central. Como não teve sucesso por lá, logo voltou para o Brasil, mas desta vez no Rio Grande do Sul, para defender o Internacional. Pelo Colorado, Mário Sérgio foi campeão brasileiro e voltou a jogar o fino da bola. Sua atuações chamavam a atenção de todos.
Com Falcão pelo Internacional
Em 1981, o meia foi defender o São Paulo FC. Como estava em ótima forma, passou pela Seleção Brasileira, convocado por Telê Santana e não foi para a Copa de 1982, na Espanha, por muito pouco. A concorrência na posição era grande e o fato de o jogador ser polêmico e destemperado fez com que o treinador o preterisse.
Depois da Copa do Mundo, o futebol de Mário Sérgio teve uma queda e ele foi defender a Ponte Preta. Em 1983, o técnico Valdir Espinoza pediu para a direção do Grêmio contratar o meia e na final do Mundial Interclubes ele arrebentou: como os jogadores do Hamburgo marcaram forte o grande Paulo Cezar Caju, deixaram Mário Sérgio livre para ser o grande maestro da equipe naquele jogo. Aliás, o meia fez com que Renato Gaúcho brilhasse e fizesse os dois gols da vitória.
No São Paulo, passou a ser convocado para a Seleção
Novamente em alta com a grande atuação no Japão, o meia voltou ao Internacional e, em seguida, foi defender o Palmeiras, clube onde teve suas últimas chances pela Seleção Brasileira. Mário Sérgio ainda defenderia o Botafogo de Ribeirão Preto, o Bellinzona, da Suíça, e o Bahia, onde encerrou a carreira em 1987, com 37 anos.
Em seguida, Mário Sérgio teve uma rápida experiência como treinador do Vitória e foi para a televisão, virando um comentarista de sucesso na equipe da Rede Bandeirantes, que era forte no esporte. Além disso, o meia jogava pela Seleção Brasileira de Masters, iniciativa de Luciano do Valle com vários veteranos do futebol nacional. Dava gosto de ver os craques desfilando todo o talento naquela equipe.
No Grêmio campeão do mundo (o último agachado)
Em 1993, o Corinthians tirou Mário Sérgio da televisão e o fez treinador da equipe. Com nomes como Ronaldo, Rivaldo e Válber, o Timão não chegou à final do Brasileirão daquele ano, mesmo perdendo apenas um jogo em toda a competição. Depois desta experiência, Mário Sérgio alternava o trabalho de comentarista (além da Band, trabalhou na ESPN Brasil e SporTV) e de treinador, comandando uma boa parte dos clubes grandes e médios do futebol brasileiro, com destaque para sua passagem no São Caetano.
Antes da Copa de 2014, Mário Sérgio foi contratado pelo Fox Sports para comentar a competição pela emissora. Chegou a passar mal quando estava ao vivo em uma transmissão, mas se recuperou e vinha trabalhando até o dia da tragédia aérea no canal de televisão por assinatura. Faleceu com 66 anos
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