Por Lula Terras
As categorias de base devem ou não jogar como o time principal?
(foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/SFC)
Essa norma adotada pelos clubes, de amoldar as categorias de base ao estilo de jogo da equipe profissional tem mostrado que, apesar de interessante na teoria, os resultados têm mostrado que, na prática, não é bem assim. Além do risco, de todo o trabalho ser modificado, a cada mudança de treinador no profissional, existe uma realidade já vista hoje, que eu entendo ser, desanimadora.
Hoje, quem acompanha a base vê uma garotada muito ensaiada, com variações táticas na busca de não perder e quem sabe, alcançar a vitória numa falha adversária. Enquanto isso, a beleza do futebol brasileiro, que encantou e aterrorizou o mundo até a década de 90, pelo talento natural de nossos atletas, só é vista, em vídeos antigos.
Eu credito boa parte da culpa dessa quase falência do futebol, aos nossos treinadores que, devido à falta de estabilidade no emprego resolveram então, aderir ao estilo do futebol de resultados, que surgiu na Europa, como alternativa de neutralizar o talento brasileiro. Hoje, o que mais se ouve em suas entrevistas após as partidas são argumentos técnicos, que nos faz parecer, ter visto outro jogo, não aquele que o treinador viu.
Para ilustrar esta tese uso como exemplo a Base do Santos FC, que é reconhecida como a que revela o maior número de ídolos para ao futebol brasileiro e mundial. Estive acompanhando jogos decisivos, em plena Vila Belmiro, e constatei que, ao contrário de ver os adversários se intimidarem, foram os meninos da Vila que sucumbiram a um melhor futebol apresentado pelos rivais. Fica um alerta aos nossos dirigentes e comissões técnicas, do Santos, para que entendam a situação e a corrijam na próxima temporada. Afinal, é importante que continue valendo a máxima: Caiu na Vila, o Peixe fuzila. Certo?
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