Carlos Alberto Torres faleceu nesta terça-feira, 25
O mundo do futebol foi surpreendido nesta terça-feira, dia 25, com a notícia do falecimento do capitão do tricampeonato mundial da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Torres. Considerado um dos maiores laterais direitos de todos os tempos, o "Capita" teve uma carreira de sucesso de jogador no time canarinho, no Santos, Flamengo, Botafogo, Fluminense e New York Cosmos.
Ao encerrar a carreira de jogador, Carlos Alberto Torres começou a atividade de treinador. Em seu primeiro trabalho, no Flamengo, foi campeão brasileiro. O "Capita" trabalhou em vários grandes times do futebol brasileiro. Além do Rubro Negro, ele passou por Fluminense, Corinthians, Náutico, Santos, Botafogo, Atlético Mineiro e Paysandu.
Por ser muito conhecido no mundo do futebol, Carlos Alberto Torres também trabalhou fora do país. Em 1988, o treinador esteve no Miami Freedom, dos Estados Unidos. Depois ele ainda passou pelo México, nas equipes do Monterrey, Tijuana e Querétaro, e na Colômbia, por Once Caldas e Unión Magdalena.
Mas os trabalhos mais inusitados de Carlos Alberto Torres no exterior foram em duas seleções: Omã, entre 2000 e 2001, e Azerbaidjão, em 2004 e 2005. Em seu primeiro trabalho com uma equipe nacional, no Oriente Médio, o "Capita" chegou ao Omã com a finalidade de classificar a seleção local para a Copa do Mundo de 2002, que foi realizada no Japão e Coreia do Sul.
Carlos Alberto dirigindo o Azerbaidjão
Apresentado como superstar, em março de 2000, substituindo o também brasileiro Badú Vieira, Torres prometeu fazer um grande trabalho por lá, já sabendo, inclusive quais seriam os seus adversários na primeira fase das Eliminatórias Asiáticas, que começaria em fevereiro de 2001: Síria, Laos e Filipinas.
Porém, o treinador não chegaria às Eliminatórias. Carlos Alberto dirigiu a Seleção de Omã em apenas três jogos, no mês de agosto de 2000: estreou com derrota para Líbano, 3 a 1, depois derrotou a mesma equipe, por 2 a 1, ambos amistosos, e em seu último jogo, Omã perdeu para a Nova Zelândia por 1 a 0, pelo Torneio de Merdeka.
No início de fevereiro de 2001, dias antes da estreia de Omã pelas Eliminatórias Asiáticas, Carlos Alberto se reuniu com os dirigentes locais e pediu demissão. Ele foi substituído pelo alemão Bernd Stange.
Em 2004, nova aventura do "Capita". Ele foi contratado para dirigir o Azerbaidjão nas Eliminatórias Europeias para a Copa de 2006, na Alemanha. Tarefa nada fácil, pois a seleção local tinha em seu grupo equipes como Polônia, Inglaterra e País de Gales.
A confusão que causou a expulsão de Torres contra a Polônia
(foto: reprodução YouTube)
Na estreia da competição, o Azerbaijdão arrancou um empate em 1 a 1 com o País de Gales, mas daí para frente, a situação seria terrível. Só para se ter uma ideia, este foi o único gol do time sob o comando de Torres. A gota d'água foi a derrota para a Polônia, por 3 a 0, em 4 de junho de 2005. Naquele dia, abalado com a quarta derrota seguida, Carlos Alberto perdeu a cabeça e foi expulso.
A alegação, na época, dos dirigentes locais para a demissão foi a seguinte: "Sentimos que Carlos Alberto simplesmente não tem mais capacidade de dar mais qualidade ao nosso time. Ele prometeu que terminaríamos as eliminatórias com pelo menos 10 pontos. Agora, temos dois pontos e é difícil imaginar que podemos chegar aos 10 pontos faltando apenas três jogos."
Apesar destes fracassos como treinador, Carlos Alberto Torres foi um cracaço de bola, que merece todas as homenagens do mundo do futebol. Que os feitos dentro de campo sejam sempre lembrados que a imagem dele levantado a taça no México seja eternizada.
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