Infantino assume a Fifa em momento complicado
Um novo capítulo da Fifa começa a ser escrito nesta sexta-feira, dia 26 de fevereiro. O suíço Gianni Infantino foi eleito presidente da entidade em eleição realizada em Zurique, país natal de Infantino. Secretário-geral da Uefa desde 2009, Infantino teve disputa acirrada nas urnas contra o xeque bahrenita Salman Al Khalifa, que preside a Confederação Asiática de Futebol.
A definição do novo presidente ocorreu no 2º turno. Infantino conseguiu 115 votos dos 104 votos que eram necessários para vencer a eleição no segundo turno (caso contrário haveria um terceiro sufrágio, ainda hoje). O dirigente suíço exercerá o mandato até 2019 e poderá tentar a reeleição em até duas oportunidades.
Infantino havia levado a melhor sobre Salman no 1º turno por uma margem pequena de votos (88 a 85). O regulamento da Fifa estabelecia que só haveria um único turno se um candidato tivesse dois terços dos votos válidos, o que não ocorreu.
Após um equilibrado 1º turno, Infantino conseguiu disparar na segunda sessão graças aos votos que haviam sido destinados no turno inicial a outro candidato da Uefa: o príncipe jordaniano Ali Bin Al-Hussein. O bloco europeu votante em Al-Hussein no primeiro turno (27 votos) migrou para Infantino no segundo turno. O xeque Salman foi o segundo mais votado, com 88 votos.
Os outros concorrentes foram o príncipe jordaniano Ali Bin Al-Hussein (vice-presidente da Fifa), com 4 votos no segundo turno, e o francês Jérôme Champagne (ex-secretário-geral adjunto da Fifa), com nenhum voto na segunda sessão. A CBF foi representada nas urnas pelo Coronel Nunes, presidente em exercício da CBF. O sul-africano Tokyo Sexwale retirou sua candidatura minutos antes da primeira votação.
Representantes no momento da votação
Candidato de Michel Platini, que foi afastado da corrida eleitoral por denúncias de corrupção, Infantino entrou para a UEFA em 2000, para trabalhar no gabinete jurídico e legal. Quatro anos depois tornou-se diretor para os assuntos legais e para o licenciamento dos clubes, até que em 2009 tornou-se Secretário-Geral. Na qualidade de Diretor da Governação e dos Assuntos Jurídicos promoveu o estabelecimento de contactos estreitos com a União Europeia, o Conselho da Europa, com outras organizações desportivas e entidades governamentais e organizações não governamentais.
O novo presidente terá um árduo trabalho, já que a entidade passa por uma crise, com um grande escândalo de corrupção que foi 'estourado' no ano passado e que levou a prisão de diversos cartolas, além da renúncia do ex-mandatário Joseph Blatter. Na campanha para a eleição na Fifa, Infantino prometeu aumentar de 32 para 40 o número de times participantes da Copa do Mundo e também reajustar os valores repassados da Fifa para as federações dos países.
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