* por Lucas Paes
Santos perdeu a Copa do Brasil para o Palmeiras
O Santos começou o ano de 2015 sendo cotado seriamente ao rebaixamento e perdendo diversos jogadores, devido a atrasos de salário, e enfrentando uma crise financeira imensa, após a saída de Odilio Rodrigues. As projeções para a temporada eram péssimas e o time praiano basicamente apelou para a base.
Pouco depois, porém, o time garantiu o vigésimo primeiro título estadual e deu pintas sérias de que iria recuperar alguma confiança. A conquista do Paulistão, vencendo nos pênaltis o Palmeiras, deu aos santistas uma dose de coragem para a disputa do Brasileirão e, principalmente, da Copa do Brasil.
Apesar de um mal começo no Brasileiro e de momentos ruins na própria copa nacional, a chegada de Dorival Júnior trouxe uma nova cara ao Santos, que passou a jogar um futebol bonito e eficiente, principalmente em jogos dentro de casa, a equipe fez da Vila Belmiro o inferno particular de seus adversários. O time saiu do Z4 para chegar, depois de 5 anos, ao G4 do Brasileirão e parecia que o ano seria de sonho.
Título paulista acabou se tornando o melhor momento do clube
Porém, a derrota na final da Copa do Brasil e a perda da vaga no G4 tornaram o ano ruim, um ano triste, onde o time deixou escapar a vaga na Libertadores em duas oportunidades, em um espaço curto de tempo. Foi um 2015 de erros de planejamento, que podem se tornar um problema enorme a longo prazo, pois o Santos não podia se dar ao luxo de perder a vaga na Libertadores.
Não há outro sentimento no coração do torcedor santista se não a tristeza. Uma tristeza que a vitória por 5 a 1 sobre o Atlético Paranaense só ampliou, pois apesar da excelente atuação santista, a vitória não serviu de nada e escancarou os erros de diretores e comissão técnica no planejamento de final de ano.
O melhor jeito de descrever o que houve com o Santos foi que o time se empolgou e colocou a emoção na frente da razão. As atuações contra o campeão brasileiro Corinthians (engolido na Vila Belmiro e na Arena Corinthians) e contra o São Paulo, davam ao Santos um certo favoritismo na Copa do Brasil. Mas, pensar que ganhar uma final contra um rival do nível do Palmeiras seria mais simples que garantir uma vaga vencendo o Coritiba em Couto Pereira com portões fechados (esse jogo foi determinante) é um devaneio que o futebol não permite.
O Peixe teve tudo para terminar o Brasileirão no G4
A partir do momento que o São Paulo perdeu de 6 a 1 para o Corinthians, jogando com reservas, seria, obrigatoriamente, vencer o Coxa no Couto Pereira, mantendo a chance de classificação para a Libertadores em ambas as competições. Se o Santos titular não fosse capaz de vencer os alviverdes em portões fechados é porque não merecia mesmo a vaga.
Talvez o desgaste matasse a final no primeiro jogo em favor do Palmeiras, mas uma vitória diante do Coxa dificilmente tornaria essa situação tão dura. Porém, o Santos foi especialista em fazer escolhas erradas, que determinaram o triste fim de ano alvinegro.
Outra escolha errada foi o adiamento das finais, que inicialmente seriam disputadas logo após as partidas contra o São Paulo. O Santos vivia seu melhor momento no ano e o Palmeiras cambaleava e jogava mal e sem nenhuma eficiência. O adiamento acabou se provando uma ajuda em tanto aos alviverdes.
Equipe se despediu de 2015 com goleada
Podemos definir o 2015 do Santos como o ano das escolhas erradas, que determinaram o final do livro triste, ao contrário dos vários capítulos bonitos nas páginas centrais. As escolhas podem tornar o futuro nebuloso, que só o tempo dirá, mas escolhas que o torcedor santista espera que tenham servido de lição a jogadores, comissão técnica e dirigentes para que 2016 seja melhor do que 2015.
* Lucas Paes é estudante de jornalismo e colaborador de O Curioso do Futebol
* Lucas Paes é estudante de jornalismo e colaborador de O Curioso do Futebol
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