Em pé: Salermo, Deo Clécio, Zenóbio,
Adriano, Carlinhos Paraíba, Gilmar;
Agachados: Válber, Betinho, Cristiano, Isaias e Farias
Uma das equipes mais tradicionais do futebol paraibano, o Auto Esporte, de João Pessoa, é um dos clubes que tem uma das torcidas mais apaixonadas da bela cidade que é a capital do estado. Entre várias glórias, entre elas os seis títulos estaduais, vem uma pequena tristeza: apesar de ter passado muito perto da taça neste ano, o clube não conquista a competição desde 1992. E é deste campeonato que vamos lembrar agora.
Campeão de 1990 e terceiro colocado no ano seguinte, cujo título ficou com o Campinense, o Auto Esporte entrou no Paraibano de 1992 como um dos favoritos ao título. A competição iniciou com os dois times de João Pessoa (o próprio Alvirrubro e o Botafogo) e os dois de Campina Grande (Campinense e Treze) disputando ponto a ponto a liderança da primeira fase do turno inicial.
A disputa foi tão acirrada que Treze e Botafogo chegaram na última rodada com chances de conquista a primeira parte do campeonato. Ambas equipes venceram e o Treze garantiu vaga na final do primeiro turno. O Auto Esporte terminou o turno em terceiro, três pontos atrás do vencedor.
Na segunda fase do turno inicial, o Nacional de Patos acabou vencendo, com o Auto Esporte terminando em segundo. Treze e Nacional disputaram uma final do turno, que valia vaga para a grande decisão do Estadual. O Treze venceu por 2 a 1 e cavou seu lugar.
O Auto Esporte veio com tudo para o segundo turno e, logo de cara, conquistou a primeira fase, com quatro pontos na frente do Nacional de Patos, o segundo colocado. Na fase seguinte, o Treze venceu e fez a final do segundo turno com o Auto.
Foi uma partida difícil, matreira. um 0 a 0 com ambas as equipes tendo chances para marcar. Se o Treze vencesse, garantia o título naquela partida. Porém, o Alvirrubro fez o único gol do jogo na prorrogação e garantiu seu lugar na grande decisão. Contra o mesmo Treze.
A decisão foi em melhor de três partidas. A primeira em João Pessoas e as outras duas em Campina Grande, já que o Treze tinha melhor campanha. O Auto Esporte saiu na frente na decisão e venceu o primeiro jogo por 1 a 0. No segundo jogo, o Alvirrubro segurou o empate em 0 a 0 e só precisava de mais um resultado igual para levantar a taça.
Vídeo dos momentos da final
Mas quem esperava uma partida fácil para o Auto Esporte no dia 20 de dezembro de 1992, quase no Natal, se enganou. Aliás, foi até o contrário. O Treze se impôs jogando em Campina Grande e fez 4 a 0 no Alvirrubro, gols de Lauro e três de Wamberto.
Por sorte, o regulamento não previa desempate em gols e o Campeonato foi decidido na prorrogação. Aí, a estrela do Autinho do Amor brilhou mais e com o 1 a 0, gol de Cristiano, e conquistou o sonhado título paraibano, até hoje o último de sua história.
A campanha do Auto Esporte no ano do título realmente foi maravilhosa. Naquele tempo o Campeonato Paraibano era uma competição longa e bastante disputada. Ao todo, o Auto Esporte jogou 48 vezes e teve uma campanha de 30 vitórias, 11 empates e 7 derrotas. Apesar da caminhada ter sido boa sempre, o comando técnico foi mudado três vezes. O primeiro treinador foi Ozires Paiva, que foi substituído por Eduardo Neto. Por fim, assumiu Carlão Morais, que chegou na reta final e foi fundamental para a conquista do título.
Ficha Técnica da Final
Treze 4 x 0 Auto Esporte
0 x 1 na prorrogação
Data: 20 de dezembro de 1992
Local: Estádio Amigão - Campina Grande
Treze: Luciano; Lelo, Roberval, Milton Lima e Betinho Cearense; Dário, Marco Antônio (Aloísio) e Lauro; Elizeu (Aírton), Wamberto e Gilmário - Técnico: Nereu Pinheiro.
Auto Esporte: Zenóbio, Gilmar (Cal), Salerno, Carlinhos Paraíba e Adriano; Deoclécio, Betinho e Nilo; Valber (Everton), Isaias e Cristiano - Técnico: Carlão Morais.
Gols do tempo normal: Lauro e Wamberto (3) - Treze.
Gol da prorrogação: Cristiano - Auto Esporte.
* Aproveito para mandar um grande abraço para o amigo Laercio Ismar, torcedor do Auto Esporte e que leva o nome do clube para onde vai!
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