O Grêmio passou o trator no Flamengo
Desde o surgimento da Copa União, em 1987, onde o Campeonato Brasileiro teve uma redução drástica de número de times participantes e formou-se uma elite nacional, já que chegamos a ter até mais de 90 equipes no Brasileirão, a CBF procurava uma forma de fazer uma competição que envolvesse todos os estados do País.
A solução foi copiar muitos países da Europa e criar a Copa do Brasil, marcada para iniciar em 1989. A classificação para a competição era através dos campeonatos estaduais. Os campeões de cada Estado garantiam lugar, além de vices dos dez campeonatos com maiores médias de público. O prêmio da Copa do Brasil: vaga na Libertadores.
É verdade que a primeira edição esteve longe de ser um sucesso. Mas uma partida está até hoje na lista de embates marcantes do torneio: o segundo jogo da semifinal entre Grêmio e Flamengo, no Olímpico.
Paulo Egídio marcou duas vezes
Para chegar às semifinais, o Grêmio despachou Ibiraçu do Espírito Santo, Mixto do Mato Grosso e Bahia. Já o Flamengo ganhou do Paysandu do Pará, Blumenau de Santa Catarina e eliminou o Corinthians nas quartas.
Então, em 19 de agosto de 1989, um sábado, o Tricolor Gaúcho entrava no gramado para enfrentar o Rubro Negro Carioca em busca de uma vaga na final da Copa do Brasil. A primeira partida, com mando do Flamengo, havia terminado em 2 a 2 e o Grêmio podia até empatar em 1 a 1 que estaria na final. Porém, o Imortal fez muito mais.
Então, em 19 de agosto de 1989, um sábado, o Tricolor Gaúcho entrava no gramado para enfrentar o Rubro Negro Carioca em busca de uma vaga na final da Copa do Brasil. A primeira partida, com mando do Flamengo, havia terminado em 2 a 2 e o Grêmio podia até empatar em 1 a 1 que estaria na final. Porém, o Imortal fez muito mais.
No primeiro tempo, o jogo até foi equilibrado. Mas, empurrado pela sua torcida, o Grêmio abriu o placar com Cuca, aos 23 minutos. Esse placar dava mais alívio ao Tricolor e forçava o Flamengo a ir ao ataque.
Cuca, dando carrinho, também fez dois
Na segunda etapa, o Fla foi para o tudo ou nada e o Grêmio se aproveitou dos espaços e começou a marcar um gol atrás do outro: Paulo Egídio, duas vezes, Cuca, Almir e Assis, com Renato diminuindo para o Flamengo. No final, 6 a 1 para os donos da casa.
As manchetes dos jornais gaúchos no dia seguinte exaltavam o desempenho do Grêmio, com os adjetivos de praxe, como o popular Imortal. Já as manchetes dos diários cariocas falavam do vexame passado pelo Rubro Negro no Olímpico.
As manchetes dos jornais gaúchos no dia seguinte exaltavam o desempenho do Grêmio, com os adjetivos de praxe, como o popular Imortal. Já as manchetes dos diários cariocas falavam do vexame passado pelo Rubro Negro no Olímpico.
O Grêmio embalou de vez na Copa do Brasil, passou pelo Sport na final e garantiu a vaga na Libertadores do ano seguinte. Já a competição continuou capenga até 1995, quando o SBT garantiu os direitos de transmissão do torneio, fez um grande trabalho de divulgação do torneio, negociou com a CBF a presença de mais equipes grandes e os clubes também viram um atalho para chegar à Copa Libertadores.
Jogo completo
Ficha Técnica
Grêmio 6 x 1 Flamengo
Data: 19/8/1989 – Sábado
Local: Olímpico, Porto Alegre-RS
Público: 46.137
Renda: NCz$ 470.102,00
Juiz: Ulisses Tavares da Silva Filho
Cartões Amarelos: Marquinhos (Flamengo)
Gols: Cuca 23/1T, Paulo Egídio 04/2T, Almir 05/2T, Cuca 28/2T, Paulo Egídio 31/2T (Grêmio), Renato 35/2T (Flamengo), e Assis 42/2T (Grêmio).
Grêmio: Mazaropi; Alfinête, Luiz Eduardo, Vilson, Hélcio; Jandir (André 01/2), Lino, Cuca, Assis ; Kita (Almir 02/2), Paulo Egídio - Técnico: Cláudio Duarte.
Flamengo: Cantarelli; Leandro Silva, Júnior Baiano, Fernando, Leonardo; Aílton, Júnior, Marquinhos (Renato 01/2); Sérgio Araújo, Nando; Zinho - Técnico: Telê Santana.
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