Galícia, campeão baiano de 1968. Em pé: Dudinha, Roberto Oliveira, Haroldo, Touro, Josias e Nelinho. Agachados: Nélson Leal, Chiquinho, Valtinho, Carlinhos Gonçalves e Telê.
O Campeonato Baiano na década de 1960 era um dos estaduais mais disputados do Brasil. Ao contrário dos dias atuais, onde praticamente Bahia e Vitória brigam pelo título, com algumas surpresas como o Colo-Colo de Ilhéus e o Bahia de Feira de Santana, naquela época vários times chegavam no certame com chances de título.
O Bahia dominou o início da década, ainda com a base do time campeão da Taça Brasil de 1959. Mas Ypiranga, conseguiu ser vice-campeão, Vitória, Leônico e Fluminense de Feira brigavam pelos títulos. Além destes clubes, o personagem deste post também levantou uma taça em 1968: o Galícia.
Clube da colônia galega de Salvador, o Galícia havia sido campeão em 1937 e o tricampeonato entre 1941 e 1943. A fila era longa, mas em 1967, o clube chegou a colocar a mão na taça. Campeão do primeiro turno. A equipe teve duas chances para vencer a competição, mas perdeu a decisão do segundo turno e do campeonato para o Bahia. Porém, este vice-campeonato credenciou o Galícia para ser um dos favoritos no ano seguinte. A torcida estava esperançosa, acreditando que o título viria depois de 25 anos.
Para o Campeonato Baiano de 1968, 14 times estavam na disputa, divididos, na primeira fase, em dois grupos de sete equipes. Os quatro melhores de cada lado iriam para um octogonal final, onde seria decidido o campeão.
Alguns dos jogadores campeões
No Grupo A ficaram Bahia, Botafogo, Conquista, Colo-Colo, Fluminense, Leônico e Vitória de Ilhéus. O Galícia ficou no Grupo B, ao lado de Bahia de Feira, Flamengo de Ilhéus, Itabuna, São Cristóvão, Vitória e Ypiranga.
Apesar do favoritismo, o Galícia ficou atrás do Vitória no primeiro turno, mas garantiu a vaga na fase final da competição com a terceira melhor campanha no geral. No Grupo B, além das duas equipes, classificaram Itabuna e Bahia de Feira. Já no Grupo A, passaram Bahia, Vitória de Ilhéus, Conquista e Fluminense de Feira.
No Octogonal, a situação se inverteu. Com vários jogos realizados em rodada dupla na Fonte Nova, o Galícia dominou a classificação, sendo seguido sempre pelo Fluminense de Feira e o Vitória. Mas quis o destino que na última rodada Galícia e Fluminense de Feira, primeiro e segundo colocados, se enfrentassem.
O Galícia estava com 18 pontos e apenas uma derrota em todo o octogonal. Já o Flu de Feira tinha apenas um ponto a menos. O jogo foi nervoso, com o Fluminense tentando a qualquer custo um golzinho, que lhe daria o título. Porém, o Galícia foi forte na defesa, conseguiu segurar o 0 a 0 e garantir o título.
Este foi o último título estadual da primeira divisão do Galícia, que só voltaria a decidir o título baiano nos anos de 1980, 1982 e 1985. Mas os seus torcedores guardam na memória a conquista da Taça de 1968,
Mais uma da grande equipe do Galícia
Ficha Técnica
Galícia 0 x 0 Fluminense
Data: Domingo, 15 de setembro de 1968
Local: Estádio Otávio Mangabeira, Salvador
Juiz: Enivaldo Magalhães
Renda (NCr$): 75.978,00
Público: 19.930 pagantes
Galícia: Dudinha; Roberto, Nelinho, Haroldo (Helio Nailon) e Touro; Josias e Chiquinho Nelson, Carlinhos,Ouri e Ricardo - Técnico: Enaldo Rodrigues.
Fluminense: Mundinho; Ubaldo, Sapatão, Mario Braga e Nico;Chinezinho e Merrinho; Messias (Veraldo), Pinheirinho, Delorme e Noel.
Excelente postagem, parabéns !
ResponderExcluirO Galícia, em 1968, aliou a experiência de Nelinho, Enaldo, Josias, com a jovialidade de Valtinho, Carlinhos e o irmão Ricardo. Porém, preciso destacar o bom futebol de Nelson, ponta direita, eu o vi jogar na Associação Desportiva Mata de S.João (BA). Em 1967, ele e o zagueiro Hélio Nylon, jogaram duas partidas amistosas contra o Periperi EC.(BA). No primeiro jogo, a ADM perdia ´por 2 x 0 e , no segundo tempo, empatou o jogo. Na volta, em Mata de São João, a ADM venceu por 3 X 1, com gol de Nelson. Era habilidoso, arisco. Cegou a ser cogitado, em 1970, a atuar pelo Santos FC, ao lado de Pelé.Eu assisti aos dois jogos.
ResponderExcluirNelson Leal era habilidoso,veloz e técnico. Hélio Nylon, vigoroso e bom na cabeça. Saudades dos amigos e colega de ginásio em Mata de S João
ExcluirO telê da escalação por um acaso é o TELÊ que foi técnico?
ResponderExcluirNão, meu amigo
ExcluirTele é pai de Danilo Gomes ex Bahia e. I
Excluirnternacional
O anos 60 foram a década + democrática do futebol baiano desde o surgimento do Bahia.
ResponderExcluir5 campeões distintos!
Grande galicia sinto saudade
ResponderExcluirNelson Leal foi meu colega de ginásio, em MATA!Começou no Vitorinha,depois ADM e, por fim, o Taubaté que ajudou a fundar,todos de Mata de S João! Ganhava tudo que disputava, até as peladas!!Nos deixou recentemente !!
ResponderExcluirEra torcedor do E C VITORIA/Ba
Excluirfomos colegas e amigos de infância. Alfredo Athayde Costa
Assisti Galícia 0 x 0 Flu de Feira, em 1968, ana Fonte Nova, quando eu tinha 16 de idade. Depois, vim morar em Brasília e perdi o contato com a Bashia. Quantos gols marcou o Carlinhos Gonçalves, no Camepanto Baiano 1968?
ResponderExcluirSaudoso Nelson Leal muito bom ponta direita,um dos melhores do Brasil na época, W . .Dantas
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