Há 50 anos, o Palmeiras foi Brasil no Mineirão

Os onze palmeirenses com a camisa da Seleção

Teve uma época que quando um time brasileiro jogava uma competição internacional, os narradores, principalmente Galvão Bueno, tinham a mania de falar "hoje, clube tal é o Brasil na Libertadores", por exemplo. Isto deixava os torcedores dos clubes rivais p... da vida. Porém, em 7 de setembro de 1965, exatamente há 50 anos, a frase poderia ser usada para o Palmeiras sem problema algum.

Neste dia, que comemorava mais um aniversário de Independência do Brasil e também a abertura do Mineirão, inaugurado dois dias antes, o elenco do Verdão vestiu a camisa da Seleção com o escudo da Confederação Brasileira de Desportos (CBD) e enfrentou o Uruguai.

O convite da CBD ao Alviverde para vestir a camisa da seleção tinha razão de ser. O Palmeiras possuía um dos principais times do país na época, a chamada “verdadeira Academia”. E contava com jogadores com passagem anterior pela selecionado nacional ou que seriam convocados no futuro. No primeiro grupo, estavam o bicampeão mundial Djalma Santos, Julinho Botelho (um dos destaques da seleção na Copa de 54), Djalma Dias, Servílio, Rinaldo e Valdir de Moraes. No segundo, jovens como Ademir da Guia e Dudu.

Gol de Tupãzinho

Apesar de, na época, já ter mais de 90 jogos oficiais pela Seleção Brasileira, o excepcional lateral direito Djalma Santos não foi o capitão. A responsabilidade ficou Valdemar Carabina, que fazia apenas seu segundo jogo com a camisa amarela do Brasil, mas era quem ocupava o posto no Palmeiras.

No banco de reservas, uma curiosidade: lá estava o argentino Filpo Nuñes. Experiente e reconhecidamente um grande treinador, Nuñes, por causa desta partida, é até hoje o único estrangeiro que dirigiu a Seleção Brasileira.

O entrosado time palmeirense mostrou sua força no gramado do Mineirão, que contava com a presença de mais de 80 mil pessoas. Após criar várias chances de gol, o Brasil-Palmeiras abriu o placar aos 27 minutos, com um pênalti cobrado por Rinaldo. Sete minutos depois, Tupãzinho fez 2 a 0. No segundo tempo, apesar de cinco substituições, a seleção verde-amarela, literalmente, seguiu superior e ampliou aos 29, gol de Germano.

Vídeo explicativo sobre a partida

Ficha Técnica

Brasil 3 x 0 Uruguai

Data: 7 de setembro de 1965.
Local: Mineirão.
Público: 80 mil pagantes (extra-oficial).
Renda: Cr$ 49.163.125,00.
Árbitro: Eunápio de Queiroz (Brasil).
Gols: Rinaldo, aos 27, Tupãzinho, aos 35 minutos do primeiro tempo, e Germano, aos 29 da etapa final.

Brasil: Valdir de Moraes (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Valdemar (Procópio); Julinho (Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera), Ademir da Guia e Rinaldo (Dario) - Técnico: Filpo Nuñes.

Uruguai: Taibo (Fogni); Cincunegui (Brito), Manciera e Caetano; Nuñes (Lorda) e Varela; Franco, Silva (Vingile), Salva, Dorksas e Espárrago (Morales) - Técnico: Juan López.
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