Na abertura da Copa
* por Fabián
Infante
Sou uruguaio e cheguei ao Brasil cometendo uma loucura.
Meu time, o Nacional, iria jogar contra o Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, e
estava a caminho da Cidade Maravilhosa. Só que eu estava em uma moto ano 1981
e, desgraçadamente, não consegui chegar ao Rio. Acabei ficando uns dias em
Florianópolis, que é uma ilha maravilhosa. Como eu necessitava mudar de vida,
já que quase tinha perdido minha vida em um acidente de moto, quando fiquei
três anos me recuperando ainda no Uruguai, gostei da praia e resolvi ficar.
Como o Brasil iria ser a sede da Copa do Mundo de 2014,
resolvi unir o útil ao agradável e curtir o clima do evento. O Mundial de
futebol para mim foi um espetáculo, festa e uma maneira muito diferente de
viver o futebol, em paz, com bandeiras tremulando e mantendo tradições. Para
mim, tudo foi show de bola!
Tentei ver alguns jogos, principalmente na Arena Corinthians:
a abertura, Brasil e Croácia, e no jogo Uruguai e Inglaterra. Porém, os preços
dos ingressos não estavam no alcance do meu bolso. Cheguei a até ir na frente
do estádio, mas não consegui as entradas. Seria um sonho ter conseguido ver um
jogo, principalmente se fosse da Celeste.
Com mexicanos
Aliás, no dia do Uruguai e Inglaterra eu fui na Fan Fest
de São Paulo. Dois dias depois, estava no Rio de Janeiro e fiquei até o fim da
Copa do Mundo. Assisti Uruguai e Colômbia na Fan Fest de lá, em um dia não
muito feliz para mim, devido à eliminação da Celeste, e muitos outros jogos até
a final. A Fan Fest foi muito legal.
O clima dos torcedores foi massa! Uma piadinha engraçada,
um sorriso mas, todo mundo junto. Aproveitei também e fiz muitas amizades,
tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro, com pessoas do mundo todo. Todos
estavam lá com o mesmo objetivo: apoiar a sua seleção. Um exemplo de amizade
que fiz foi com o editor deste blog, Victor de Andrade.
O desempenho do Uruguai na Copa acho que foi até bom.
Eliminamos Inglaterra e Itália, seleções de tradição. Porém, a atitude burra do
Suaréz complicou toda a seleção uruguaia. Acredito que sem a punição, a Celeste
teria chegado muito longe em uma Copa. Quem sabe não repetiria 50?
Neste final, deixo apenas um recado: se eu tivesse a
oportunidade de viver novamente um clima de Copa do Mundo, com certeza eu iria!
* Jorge Fabián
Infante Rosso, El Fabito (ao centro), tem 25 anos, trabalhava no Uruguai em uma adega de vinhos
e, atualmente é artesão aqui no Brasil. Fabito é de Canelon Chico, Las Piedras,
mas atualmente mora em Vitória-ES e torce para o Club Nacional de Futbol, o Bolso.
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