Holandeses comemoram a classificação
* por Daniel
Dalence
Depois
de muita festa, clima de felicidade e harmonia, chegava o dia do meu último
jogo da Copa do Mundo. A Holanda enfrentaria a sensação do Mundial, a Costa
Rica, e a Arena Fonte Nova seria o palco desta grande decisão. Quem vencesse
estaria entre as quatro melhores seleções do mundo.
No
dia 5 de julho fui para a Fonte Nova junto com meu pai. Tinha conseguido um
ingresso para ele de última hora. Fiquei muito feliz, pois seria a oportunidade
dele assistir a um jogo de Copa do Mundo.
Na
entrada já percebemos o entusiasmo e simpatia da torcida holandesa. Os
costarriquenhos não ficavam atrás. Todos estavam surpresos e felizes com o
desempenho dos Ticos no Mundial. A Holanda era favorita, mas, utilizando um
velho clichê, “futebol é uma caixinha de surpresas”.
Ao
entrar no estádio, uma curiosidade. Meu pai encontrou um vizinho. Isto poderia
até ser comum, mas meu pai mora em Teofilândia, cerca de 210 Km de distância de
Salvador. Eu também acabei encontrando um amigo meu.
Krul acabou sendo o grande nome da partida
O
jogo foi truncado, mas elétrico, com a Holanda atacando mais, porém parando
sempre nas mãos do goleiro costarriquenho Navas. No contra-ataque, os Ticos
assustavam, mas o domínio da partida era holandês. Porém, depois de 90 minutos
de partida, o zero não saiu do placar e o jogo foi para a prorrogação.
A
prorrogação foi disputada em ritmo um pouco mais lento, pois as equipes
começaram a sentir o cansaço da extenuante partida. A partida já estava
encaminhando para os pênaltis, quando o técnico holandês Louis van Gaal adotou
a inusitada tática de trocar o goleiro Cilessen por Krul, que ainda não havia
disputado um minuto sequer na Copa de 2014. E a decisão para a vaga na
semifinal foi para as penalidades.
E
a decisão de van Gaal mostrou-se correta. Krul pegou dois pênaltis na decisão,
vencida pela Holanda por 4 a 3. Além das defesas, o goleiro chamou atenção
pelas provocações: bateu no peito, fez sinais para os batedores, apontou cantos
e comemorou de forma efusiva.
E a Laranja Mecânica estava nas semifinais.
Meu
pai, aproveitando seu único jogo no Mundial, tirou várias fotos com holandeses,
todos caracterizados. E eu fiquei com um sentimento de triste despedida ao sair
do estádio, era o fim da Copa do Mundo para mim.
* Daniel
Dalence (à direita), 29 anos, é graduado em Administração com habilitação em Marketing,
mora em Salvador e torce para o Fluminense e o Galícia.
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