Neymar no chão após 'golpe' de Zuñiga
* por Edgard
Ribeiro do Nascimento
Sempre
fui um aficionado por futebol e Copa do Mundo. Quando foi anunciada a
realização do evento no Brasil, fiquei muito feliz. Mesmo com todos os
problemas sociais, de infraestrutura e todos os gastos públicos, meu sentimento
foi de alegria em ter uma Copa tão perto.
Não
me inscrevi para os sorteios de ingressos, pois no início pensei em acompanhar
em casa bares. Mas, quando chegou o dia da abertura, senti uma vontade enorme
de ir a algum jogo. Consegui comprar com amigos os ingressos de Brasil x
Colômbia e Brasil x Alemanha. Obviamente paguei mais caro do que o valor impresso.
Porém, valeu a pena!
Para
o jogo Brasil e Colômbia, que foi realizado dia 4 de julho, fui de avião e
aproveitei para fazer turismo em Fortaleza. Fomos em um grupo grande, então
alugamos uma van para ida e volta do hotel para o estádio. Não tivemos nenhum
problema no dia do jogo para chegar ao Castelão.
Festa na entrada do estádio
Fortaleza
estava lotada. O jogo do Brasil foi em uma sexta-feira. Cheguei à cidade na
quarta e só peguei o voo de volta no domingo pela noite. Respirava-se Copa do
Mundo, principalmente por causa da importante partida para o Brasil. Conhecemos
muita gente de todas as partes do país, além de muitos colombianos. Assistimos
ao jogo da Holanda contra a Costa Rica em um quiosque na areia da praia em um
telão gigantesco. Muita festa por lá também.
Dentro
de campo, não foi um jogo muito bom tecnicamente. Foi brigado, com poucas
chances criadas. O Brasil saiu na frente, com Thiago Silva, no começo em uma
cobrança de escanteio. No segundo tempo, o Brasil fez 2 a 0 em uma bela
cobrança de falta de David Luiz. Este lance foi o ponto alto de todo o jogo.
Depois
do segundo gol brasileiro, a Colômbia pressionou e chegou a seu gol de honra,
em um pênalti cobrado por James Rodriguez. Mesmo com o tento colombiano, o
Brasil não passou maiores sustos. É bom ressaltar que dentro do Castelão não
tínhamos a menor ideia da gravidade da lesão do Neymar. Ficamos sabendo só na
volta ao hotel, em contato com pessoas que assistiram pela TV.
Não havia um lugar vazio
Mas,
mesmo com a contusão do craque do time, o Brasil estava nas semifinais, algo
que não acontecia desde o título de 2002. Porém, ainda bem que não sabíamos
futuro. O que estava guardado para a Seleção Brasileira nas semifinais era algo
terrível. Mas isto é uma outra história que também pude presenciar dentro do
estádio.
Voltando
ao Brasil e Colômbia, se o jogo não foi tão bom, o clima dentro e fora do
estádio foi o ponto mais alto do dia. Total integração entre as pessoas, tanto
entre brasileiros quanto com os estrangeiros e até adversários. Era incrível
ver a quantidade de pessoas vivendo aquilo tudo, sabendo que era uma
oportunidade única na vida de cada um.
Agora,
como torcida de incentivo, a brasileira deixou a desejar. Sou acostumado a
jogos de clubes e é totalmente diferente. Fica parecendo partida de vôlei.
Espero que tenha sido uma oportunidade de aprendizado para evolução nesse
sentido.
Achei
o evento tão incrível que já estou com ingressos para a Copa América no Chile.
Além disso, está planejada a viagem para a próxima Copa, na Rússia, tamanha a
emoção que senti. Todos que gostam de futebol deveriam ter essa experiência.
* Edgard Ribeiro
do Nascimento, 32 anos, é analista de telecomunicações, mora em São Paulo e
torce para o Flamengo.
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