Sou
um fanático por futebol e sempre quis ver um jogo de Copa Mundo. Realizei o meu
desejo quando assisti Brasil e Colômbia, em Fortaleza, pelas semifinais do
Mundial. Porém, eu teria mais um capítulo no maior evento do mundo de uma única
modalidade esportiva. Porém, não sabia que, dentro de campo, esse capítulo
seria o maior pesadelo da história da Seleção Brasileira.
Havia
conseguido comprar os ingressos para os dois jogos que fui com as partidas da
competição já rolando. Após o jogo em Fortaleza, que foi realizado no dia 4 de
julho, uma sexta-feira, ainda fiquei na capital cearense até a madrugada do dia
7, segunda-feira. Cheguei em São Paulo e, de noite, eu e nosso grupo partimos
de ônibus para Belo Horizonte.
Chegamos
na capital mineira pela manhã. Andamos pela cidade de táxi até o início da
tarde, quando fomos sentido ao Estádio Governador Magalhães Pinto, conhecido
como Mineirão.
O Mineirão estava lindo, mas o jogo foi terrível para os brasileiros
Apesar de todos
saberem que o Neymar não poderia jogar, todos esperavam que o Brasil ia
conseguir superar a falta de seu melhor jogador e conseguir chegar à tão
sonhada final. Porém, este jogo ficou marcado não só para quem estava no
Mineirão, mas também a quem acompanhou pela TV ou rádio.
Logo
no início da partida achávamos que dava para vencer, mas saiu o primeiro gol alemão aos 10 minutos. A sensação era de total
incredulidade. E, enquanto pensávamos que poderia haver alguma esperança, foram saindo mais gols germânicos.
Até o quinto tento da Alemanha, ainda havia uma ponta de esperança em uma virada. Porém, a ficha começou a cair e todos perceberam que, dentro de campo, estava acontecendo um verdadeiro massacre germânico para cima dos brasileiros. E na bola!
Até o quinto tento da Alemanha, ainda havia uma ponta de esperança em uma virada. Porém, a ficha começou a cair e todos perceberam que, dentro de campo, estava acontecendo um verdadeiro massacre germânico para cima dos brasileiros. E na bola!
Algo muito triste que me marcou foi a falta de bom senso de algumas pessoas. Alcoolizados em excesso, uma parte pequena dos brasileiros queriam agredir estrangeiros no anel do estádio. Tivemos até que intervir para não espancarem alemães e argentinos. Encaro isto como fato isolado, porque a festa que se viu antes do jogo foi muito maior do que os problemas que aconteceram em consequência do resultado desastroso.
Nem nos piores pesadelos, imaginaria a seleção perder de 7 a 1
Fora este problema, a torcida estava atônita. Se os brasileiros tiveram problemas para incentivar a Seleção nos estádios mesmo quando estava ganhando, imaginem levando uma sonora goleada? Realmente não tinha cenário para incentivo, era apenas incredibilidade e tristeza.
Mesmo assim, conversei
com muitas pessoas, de várias partes do mundo. No entorno do Mineirão, ficamos
em um bar lotado de alemães e foi a tarde inteira de conversa, provocações sadias
e festa. Tudo no maior clima de paz!
Ao final da partida, fui com meus amigos para a Rodoviária de Belo Horizonte
para esperar o ônibus de volta. Era apenas o que restava depois do resultado catastrófico.
Apesar deste pesadelo dentro de campo, a Copa do Mundo foi maravilhosa. Este ano eu fui assistir a Copa América, no Chile, in loco e estou me preparando para ir para a Rússia em 2018. Quero viver este clima de festa e harmonia novamente.
Apesar deste pesadelo dentro de campo, a Copa do Mundo foi maravilhosa. Este ano eu fui assistir a Copa América, no Chile, in loco e estou me preparando para ir para a Rússia em 2018. Quero viver este clima de festa e harmonia novamente.
* Edgard
Ribeiro do Nascimento, 32 anos, é analista de telecomunicações, mora em São
Paulo e torce para o Flamengo.
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