Bélgica ganhou a partida nos detalhes
* por Helio
Oliveira
Quando
a Copa foi anunciada, um grupo de amigos resolveu ir nos jogos de Salvador, já
que outro amigo nosso aqui de Vitória-ES, cidade onde moro, estava trabalhando por
lá. Assim, poderíamos ficar em seu apartamento e não gastar com estadia.
Esses
três amigos compraram o pacote de jogos pra Salvador antes mesmo de sair a
tabela dos jogos e piraram, pois, para nós, os melhores jogos da primeira fase
acabaram sendo lá. Como eu estava sem grana na época, por causa de uma reforma
em minha casa, esperei até uma das fases de vendas seguintes. Consegui comprar
os ingressos para Irã e Bósnia e as oitavas-de-final, que acabou sendo Bélgica
e Estados Unidos, tema deste artigo. O meu ingresso das oitavas foi, inclusive,
meia de estudante, com preço acessível, menos de R$ 100,00.
Meus
amigos foram no inicio da Copa para capital baiana. Eu cheguei um dia antes de Irã
e Bósnia só. Foi fácil chegar à Fonte Nova para o jogo Bélgica e Estados
Unidos, realizado no primeiro dia do mês de julho, pois tinha o esquema de ônibus
especiais. Porém, o preço era um roubo: R$ 20,00 que pagávamos por aqueles ônibus
comuns de cidade.
Com o genial cosplay do Alexi Lalas
A
partida foi bem emocionante, inclusive com a necessidade de prorrogação para
decidir o vencedor. Porém, fiquei um
pouco decepcionado com a tão falada boa geração belga. Achei o time dos Estados
Unidos “ruim com força”, mas pelo menos eram mais raçudos e esforçados. Torci
pra eles, mas não deu muito certo. No tempo extra, 2 a 1 para a Bélgica e,
apesar do futebol fraco, avançaram para a fase seguinte. Os norte-americanos
voltaram para casa mais cedo.
No
estádio, como meu lugar era longe, eu acabei vendo o jogo em pé, atrás da última
linha de cadeiras do primeiro nível da Fonte Nova. Lá, fiquei perto de uns norte-americanos
que estavam bem empolgados. Conversei com eles e com um escocês que estava
junto com essa galera. Eles eram de Washington, e o escocês tinha feito
intercambio por lá e combinou com os amigos de se reencontrarem na Copa do Mundo.
Times perfilados para a hora do hino
Uma
coisa interessante da torcida norte-americana era que você via camisas da
Seleção dos Estados Unidos com nome de vários jogadores. Não era como a torcida
brasileira, só com camisas do Neymar. Tinha de tudo mesmo, até do horrível do
Beckerman. Mas dava pra ver que o favorito da galera era o goleiro Tim Howard,
que, aliás, pegou muito nesse jogo.
Outro
fato pitoresco e que não esqueci, é claro, foi que encontrei uma figuraça
fantasiada como o ex-zagueiro dos Estados Unidos Alexi Lalas, que jogou as
Copas de 1994 e 1998. Ele foi grande a sensação do Estádio e todo mundo parava
pra tirar foto com ele (risos).
O
estádio em si ficou lindo. A Arena Fonte Nova é muito boa mesmo. Eu fui no Maracanã
na época da Copa das Confederações, mas a Fonte Nova estava em um nível mais
alto.
Sobre
estar na Copa do Mundo, acho que não dá para não dizer que é uma coisa única. É
tipo o carnaval do futebol, pois tem gente de todo lugar fazendo festa e feliz
da vida. É um clima muito bom.
* Helio Roberto
Almeida de Oliveira, 30 anos, é funcionário público, mora em Vitória-ES e torce
para dois times: o Tupy do Espírito Santos e o Flamengo. Ele faz parte de uma
das torcidas do Tupy, que tem uma página no Facebook.
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