A primeira participação brasileira no futebol olímpico

Em pé: Mauro, Carlos Alberto, Waldir, Zózimo, Édson e Adésio.
Agachados: Mílton, Humberto Tozzi, Larry, Vavá e Jansen

O futebol foi o segundo esporte coletivo a fazer parte das Olimpíadas, em 1908, depois do pólo aquático. Mas a primeira participação do Brasil aconteceu em 1952, nos Jogos Olímpicos de Helsínque.

Vale ressaltar que o Brasil quase esteve presente no torneio de futebol da Olimpíada de 1928, em Amsterdã. Empolgada com o sucesso do Uruguai quatro anos antes, os dirigentes brasileiros tentaram se organizar para mandar um time para a Holanda. Porém, não conseguiu verba necessária para enviar a equipe. Naquela competição, os uruguaios se sagraram bicampeões olímpicos, ao vencer a Argentina na final.

Então vamos à 1952: a Seleção Brasileira foi representada por um time de jogadores juniores amadores, como exigia o Comitê Olímpico Internacional na época. Na estreia, goleou a Holanda por 5 a 1, derrotou depois Luxemburgo por 2 a 1, passando para a próxima fase.

Nas quartas, veio a eliminação: o Brasil começou vencendo a Alemanha Ocidental por 2 a 0 até os 30 minutos do segundo tempo. Os alemães empataram no último minuto. Na prorrogação, 4 a 2 para a Alemanha e o Brasil, eliminado. A campanha acabou considerada boa, quinto colocado só com jogadores de até 20 anos, e todos os jogadores tiveram três dias de folga em Paris, a capital francesa.

Do time de 1952, dois jogadores acabariam bicampeões do mundo, em 1958 e 1962: o zagueiro Zózimo, do Bangu, e o centroavante Vavá, do Vasco.

Seleção húngara que conquistou a medalha de ouro

A Hungria foi a grande campeã e ficou com a medalha de ouro, com uma campanha espetacular, a melhor da história das Olimpíadas, com cinco vitórias em cinco jogos, 22 gols marcados e apenas dois sofridos.

Venceu na estreia a Romênia por 2 a 1 e em seguida a Itália por 3 a 0, a Turquia por 7 a 1, os suecos por 6 a 0 e na final a Iugoslávia por 2 a 0.

O time húngaro olímpico voltaria a encantar o mundo na Copa do Mundo de 1954, mesmo sendo vice-campeão, com uma geração de craques em que se destacavam Ferenc Puskas, Czibor, Hidegkutti, Kocsis e Bosic.
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