Coréia do Sul abriu o placar em falha de Afinkeev
* por Guilherme
Monteiro
Quando
anunciaram que o Brasil ia ser a sede da Copa do Mundi, achei interessante que
ia haver um evento desse tamanho aqui. Porém, assim como muitos, fiquei
desconfiado se o Brasil teria mesmo a capacidade de sediar um evento deste
tamanho. Ficou provado que a organização, no geral, foi aprovada.
Eu
gostaria muito de assistir um jogo da Copa e aí tive muita sorte. Ganhei o
ingresso do jogo Rússia e Coréia do Sul, que foi realizado no dia 17 de junho,
de um amigo. Ele ia à partida com seu pai, que acabou desistindo. Para não
perder a entrada, ele me chamou e , é claro, eu fui!
A
viagem até o local da partida foi interessante. Moro em São Paulo e o jogo foi
em Cuiabá. Planejamos ir no carro do meu amigo, mas ele quebrou na altura da cidade
de São José do Rio Preto, no interior do Estado. Ficamos emergencialmente
hospedados na casa dos pais de um conhecido nosso que moravam lá e concluímos a
viagem de ônibus. Em uma das paradas, inclusive, cruzamos com um ônibus cheio
de coreanos. Tudo isso durou cerca de um dia e meio, mas chegamos no destino
final, que era a Arena Pantanal.
Após
os apuros para chegar em Cuiabá, ir até o estádio ficou fácil demais.
Localizamos nossos assentos e esperamos o jogo, que tecnicamente foi fraco,
iniciar. Partida muito truncada, com poucas chances de gol e muita briga no
meio de campo. Acho que como era estreia, os dois times estavam com medo da
surpresa.
Coreanos em festa antes da partida
A
Coréia do Sul abriu o placar numa falha grotesca do goleiro russo Akinfeev. Foi
um chute fraco de fora da área em cima dele. O tão falado arqueiro tentou
agarrar a bola e ela escorregou das mãos deles. Acredito que tenha sido o
frango da Copa e um dos maiores da história do Mundial. A partir desse lance, a
Rússia pressionou jogou os coreanos para a sua defesa, pressionou até empatar o
jogo no final. Depois de 90 minutos, o placar foi 1 a 1.
O
clima de festa foi muito bom. Os russos
estavam em muito maior número e eram muito simpáticos. Dentro do estádio, os torcedores
locais pareciam torcer mais para a Rússia que para a Coreia do sul, por conta
do número maior de russos. Tudo foi bem tranquilo.
Aproveitei
esta confraternização e conversei com bastante gente. Todo mundo se misturava
na Praça Popular, que no entorno havia muitos barzinhos, como se fosse a Vila
Madalena aqui de São Paulo. Lá conheci um pessoal local que me indicou alguns
bares.
Estádio estava em festa. Russos eram a maioria
Acabei
me envolvendo em uma história muito interessante. Ao final do jogo, estávamos à
procura de um bar, mas no entorno do estádio não havia nenhum e acabamos
parando numa distribuidora de bebidas que o dono improvisou umas mesinhas de
plástico. Só estavam eu, meu amigo e dois russos numa mesa ao lado. Na hora de
pagar vimos que um deles falava português e paramos para conversar.
Os
dois com importações entre Rússia e Brasil e na hora de nos despedir um deles
se apresentou como Vladimir Prestes e meu amigo perguntou: “tem alguma relação
com Luís Carlos Prestes (o famoso militar e político comunista do século
passado)?” Ele respondeu que era seu neto e nos convidou a ficar na casa dele
em Moscou, na Copa de 2018.
Havia
muitos estrangeiros em Cuiabá, sendo a maioria sul-americanos. Disseram que
dias antes, os chilenos tinham ‘tomado’ a cidade, já que jogaram contra a Austrália
na Arena Pantanal.
A
sensação é totalmente diferente de qualquer jogo por aqui. É tudo muito mais
organizado e com várias atrações para criar um clima diferente. A Arena
Pantanal é belíssima, além de pessoalmente me causar um contentamento de ver um
jogo do maior campeonato de futebol do planeta. Porém, não tem a mesma euforia
e tensão de um jogo decisivo do meu time do coração.
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