O famoso gol onde usaram o detector pela primeira vez
* por Ju Poloni
Quando
anunciaram que a Copa do Mundo no Brasil, pensei que queria ser rica para poder
estar em todos os jogos. Mas minha realidade financeira está longe disso e,
então, me contentei em tentar ingressos para todos os jogos em Porto Alegre, cidade
onde moro. Copa do Mundo mexe muito comigo e eu não esperava um Mundial tão
maravilhoso como foi esse. Foi sensacional!
Para
comprar ingressos, tentei todos os sorteios possíveis e não consegui nada. Na
sexta-feira, antes do jogo França e Honduras, que foi no domingo, dia 15 de
junho de 2014, eu passei o dia atualizando a página da Fifa de ingressos e
consegui comprar. O ingresso para Holanda e Austrália, outro jogo em que pude
ir, foi do mesmo jeito: na segunda-feira, passei o dia fazendo a mesma coisa e
consegui o ingresso para o jogo que se realizou na quarta.
Clima fora do estádio era de confraternização e alegria
Chegado
o dia do jogo, me preparei para ir ao local do espetáculo. Moro relativamente
perto do Beira-Rio, então fui almoçar com a família de uma amiga no Centro, de
onde partia o Caminho do Gol, transporte especial para os jogos da Copa, até o
estádio. No almoço, já conferimos o grande movimento, pois havia muitos hondurenhos
por lá e eles eram muito animados! Vi torcedor jogando capoeira, vinham
cantando, tentando conversar com todo mundo. Para ir ao estádio de lá,
peguei um ônibus que me deixou perto do Beira-Rio. Bem tranquilo.
Vou
ser sincera: dentro de campo, a partida foi bem sonolenta. Achei que a França
iria jogar bem melhor, mas estava jogando para o gasto, não se desgastando. Os
‘Le Bleus’ jogaram o necessário para ganhar por 3 a 0. Lembro bem que quem
apitou o jogo foi o Sandro Meira Ricci, árbitro que não conta nem um pouco com
a minha simpatia.
O
primeiro gol foi do Benzema, assim como os outros dois, e foi de pênalti. O
próximo foi bonito: uma bola cruzada na área e o atacante colocou a bola bem
junto à trave oposta ao lado dele. O goleiro ainda tirou a bola de dentro do
gol, mas o tira teima feito pela primeira vez na história, mostrou que o chip
da bola e ela, consequentemente, haviam ultrapassado a linha, ou seja, gol
válido.
Hondurenho tentando jogar capoeira
O
jogo era só ataque francês e a defesa de Honduras se defendendo como podia, com
o goleiro fazendo algumas intervenções boas. Os atacantes franceses erraram o
gol em vários momentos. Até que o Benzema resolveu fazer o terceiro gol e matar
de vez a partida.
Ressalto
que me lembro de ter achado uma palhaçada não ter tocado os hinos. Porém, foi
bonito ver a torcida de Honduras, que estava perto de mim, cantando o hino de
seu país a capela mesmo. Foi uma das poucas bolas fora de toda a Copa do Mundo.
O
clima dentro e fora do estádio era maravilhoso! Todo mundo tentava conversar,
ajudar e passar informações. Muita gente brincando e torcidas rivais
comemorando juntas. Um clima inesquecível e de celebração do melhor esporte de
todos.
Entrada das equipes
Aproveitei
e conversei com várias pessoas. Eu fui ao jogo com camisa do Grêmio e muitas
pessoas de fora pediam pra tirar fotos. A sensação foi incrível por saber que
era um jogo da Copa, pois o jogo em si, não foi nada muito emocionante. Porém,
ver tanta gente diferente, de outros países, com a mesma paixão que a sua é
algo muito incrível.
Eu
queria conversar com todo mundo pra saber como era ir aos jogos em outros
lugares. Cheguei a falar o francês mais enrolado da minha vida, nunca falei
tanto em inglês e meu portunhol foi muito utilizado. Isso sem contar coisas
incríveis, como ver que alemães são extremamente amigáveis, ao contrário do que
pregam, assim como franceses. Os
sul-americanos, então, nem preciso comentar. É uma experiência realmente única.
Em
minha opinião, todo mundo deveria ter a experiência de estar em um jogo de
Mundial alguma vez na vida. O ano de 2014 foi o melhor da minha vida por causa
de uma Copa do Mundo.
* Julia Wagner Poloni, a Ju Poloni, 26 anos, é diretora de arte, mora em Porto Alegre e torce para o Grêmio. Ju Poloni também é colaboradora do site Grêmio Libertador, além de ter feito parte da equipe que fez uma ação com os jogadores mais caricatos do Rio Grande do Sul para a cerveja Polar, como Perdigão, Sandro Sotilli e Dinho, chamando de Seleção Gaúcha, a seleção mais forte do mundo. Confira abaixo:
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