Como apaixonado por futebol, eu queria aproveitar a
Copa do Mundo como poucos. Tinha o pensamento otimista de que isso poderia
melhorar o Brasil em várias frentes. Infelizmente, em minha opinião, isso não
ocorreu, mas consegui aproveitar a atmosfera e os jogos como gostaria. Penso
que, para mim, no geral, o evento acabou tendo um saldo muito motivo.
Desde a primeira fase do sorteio eu tentei
ingressos. Tinha conseguido o pacote dos seis jogos em São Paulo. Mas eu queria
conhecer o Maracanã em um jogo de Copa e surgiu a oportunidade, através do
site, de comprar o jogo França e Equador. Adquiri o ingresso mais ou menos dois
meses antes do jogo.
A Copa é um momento de confraternização
Chegado o dia do jogo, 25 de junho, fui rumo ao Rio
de Janeiro. Moro em Barueri-SP e fui de avião até a capital fluminense. Sempre conto
a história de que, de trem, demoro 1h40 da Estação de Barueri até a Arena
Corinthians. E demorei menos de duas horas de minha casa até o Maracanã. Do
aeroporto no Rio até o estádio, não demorei nem cinco minutos de táxi.
Repetiria a viagem mais vezes facilmente para ver um jogo.
Mas vamos para a partida. Os Le Bleus vinham
jogando o futebol mais ofensivo do torneio. Esperava que saísse, ao menos, alguns
gols, já que o Equador precisava ganhar para ter chances de classificação. A
França poupou alguns jogadores, mas, mesmo assim, perdeu inúmeras chances de marcar.
O jogo não foi um 0 a 0 chato daqueles que normalmente são. Mas faltou o grito
de gol.
Franceses em frente ao Maracanã cantando o hino
O clima dentro e fora do estádio era muito
agradável, com milhares de latinos, principalmente equatorianos, mexicanos e
chilenos. Os franceses ocuparam uma enorme faixa do estádio também. E todo
mundo muito receptivo, ainda mais depois de algumas cervejas.
Guerra de cânticos em frente aos bares no entorno
do Maracanã, enquanto víamos Nigéria e Argentina. Conheci dois franceses no
aeroporto e os levei a uma conhecida churrascaria do Rio de Janeiro, que vários
jogadores e técnicos fazem propaganda. Disseram que adoraram a cidade e que
toda a preocupação pré-viagem sobre o país não estava acontecendo. Apenas
alegria e festa.
Aliás, fiz uma aposta com os dois franceses: se eu
acertasse a escalação da França de 1986 que eliminou o Brasil nas quartas-de-final
no México, inclusive com a ordem dos batedores de pênalti, eu levaria a
bandeira deles. Se eu errasse, pagaria três cervejas para casa. Eu acertei e
tiramos fotos juntos para a comprovação.
No Metrô também teve hino
Dentro do estádio, faltando uns 90 minutos para o
jogo, chega próximo ao meu assento um cara chamado Thom, extrovertido que só
ele. Veio falar comigo, em inglês, que estava no Brasil para ver a Copa. Amava
a Seleção Inglesa, apesar de ter nascido na Zâmbia. Ele tinha tanto orgulho de
seu país que portava sua bandeira para todo mundo ver. Fanático pelo Aston
Villa, da Inglaterra, este seria seu último jogo em estádio. Porém, gostou
tanto do Brasil que ficaria no país até a final, aproveitando o clima e as
festas. Melhor pessoa que conheci em todo o mês de competição.
Sou louco para ver jogos em estádio. Quaisquer que
sejam os times em disputa. Fui em oito jogos de Copa, de todos os gostos, e
posso dizer que, apesar do público ser um pouco diferente daquele que estamos
acostumados aqui no Brasil (principalmente os brasileiros), foi algo muito
divertido. Muito graças aos estrangeiros que vieram para cá pelo futebol e
pelas festas. Uma experiência muito válida. Tanto que já tenho passagem
comprada para a Eurocopa da França, a ser realizada em junho de 2016.
* André Granado Barbosa (ao centro), o Tito, tem 25 anos, é economista, mora em
Barueri-SP e torce para o Palmeiras.
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