Achei
bem bacana quando anunciaram que o Brasil seria a sede da Copa do Mundo de
2014, pois gosto muito de futebol e, com certeza, seria uma oportunidade ótima
de acompanhar de perto um Mundial, assistindo até alguma partida no estádio.
Quando
abriu as inscrições para o sorteio das compras dos ingressos, fiz todo o
procedimento de inscrição para alguns jogos e fui sorteado para dois deles:
Espanha e Austrália, jogo realizado em Curitiba, tema deste artigo, e Portugal
e Gana, em Brasília.
Como
moro em Santos, no litoral de São Paulo, e o Espanha e Austrália foi em
Curitiba, me programei com bastante antecedência. Por isso, peguei passagens
aéreas com preços muito bons. Os voos saíram nos horários certos, sem atrasos.
Também acertei o hotel bem próximo à Arena da Baixada. Por isso eu, minha
esposa e minhas duas filhas fomos aos jogos caminhando do hotel ao estádio não
mais do que 20 minutos. Com meu planejamento antecipado, a locomoção foi muito
fácil.
O
jogo na Arena da Baixada, realizado em 23 de junho, foi muito bom, mesmo com as
duas equipes desclassificadas. A Espanha, com alguns reservas, estava mais
solta e não teve dificuldade em ganhar por 3 a 0 dos australianos. Ao mesmo
tempo em que foi legal ver os atuais campeões mundiais em ação, foi meio
decepcionante ver que aquele time não ia passar de fase.
Me
surpreendi positivamente com o clima no evento, foi uma grande barato. Oxalá
conseguíssemos isso sempre em campeonatos no nosso país. Não vi nenhuma briga,
as torcidas misturadas, um respeito muito grande nas ruas e dentro dos estádios.
Realmente foi uma festa maravilhosa.
Aproveitei
toda esta festa e conversei com algumas pessoas. Trocamos ideias e impressões,
mas não fiz troca de souvenires. Como eu estava com esposa e filhas e elas
nunca tinham ido a uma partida de futebol, procurei dar um apoio maior e não
interagi tanto.
A
sensação de estar em um jogo de Copa do Mundo foi sensacional, uma experiência
indescritível. Pessoas do mundo inteiro ali conversando em idiomas diferentes e
tudo isso em casa, no Brasil. A organização foi impecável. Podem falar o que
for, mas a Fifa sabe muito bem preparar as partidas. Adorei todo o evento e dá
muita vontade de ir à Rússia em 2018.
Em
que pese o medo da população de que as coisas não funcionariam durante a Copa, nas
duas sedes em que fui, Curitiba e Brasília, tudo foi muito bom, funcionou
direito. Não tenho nada a reclamar, só a agradecer a possibilidade de estar
presente neste grande evento.
* Carlos
Fernandez dos Santos, 47 anos, é corretor de Seguros, mora em Santos-SP e torce
para o Jabaquara, o Leão da Caneleira.
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Partida frustrante para os australianos
* por Elias Falarz
Quando anunciaram que a Copa do Mundo seria no Brasil, eu fiquei
muito feliz, pois poderia ver seleções que sempre torci, como Japão e Austrália,
de pertinho. Uma pena que não pude ver o Japão, que era meu maior sonho.
Cheguei a conseguir ingressos para dois jogos, mas devido aos custos de viagem,
tive que vender. Foi frustrante.
Foi meio complicado conseguir os ingressos, pois fiquei
quase dois dias de plantão no site da FIFA para comprar. Após mais de 20
tentativas frustrantes, finalmente consegui, adquirindo as entradas pelo método
comum mesmo. O jogo: Espanha e Austrália, em Curitiba. Mas rapaz, confesso que
foi uma luta. Teve um dia que mal dormi porque fiquei de plantão (risos).
Eu moro bem perto da Arena da Baixada, algumas quadras para
cima, foi muito tranquilo chegar no estádio no dia do jogo, 23 de junho. O jogo
era às 13 horas, mas saí de casa às 10 horas para poder curtir toda a atmosfera
e clima de um jogo de copa. Cheguei cedo e andei pelo estádio todo e falei com
todo mundo (risos).
A partida em si foi frustrante para mim. Logo de cara, a
Espanha fez 2 a 0 e marcou o terceiro no segundo tempo. O placar seria de
vitória espanhola mesmo, mas o que me entristeceu é que meu jogador favorito,
Tim Cahill, havia pego gancho na partida anterior e ficou de fora. Mas fiz
muita festa com os australianos que, mesmo perdendo, fizeram muita festa e
barulho.
Achei o clima da partida uma porcaria, pois dava pra ver de
longe que 90% dos torcedores estavam lá por puro modismo e não tinham a mínima
noção do que é ir em um jogo de verdade. Muitas selfies, falta de noções
básicas de como torcer ou se portar em um estádio.
Tirando espanhóis e australianos, a torcida brasileira era
babaca e acabou até mesmo atrapalhando o espetáculo das torcidas estrangeiras.
Parecia mais que eu estava em um shopping do que em um jogo. Cortou totalmente
o tesão da partida. Achei que o clima de Copa seria diferente. Não sei se foi porque
a torcida brasileira é uma porcaria mesmo ou levei um baita de um azar em
relação a isto.
Mesmo assim, conversei com muitas pessoas e fiz amizades com
australianos. Um povo muito simpático e divertido. Devido ao meu tamanho e a
barba, acharam que eu era de lá, inclusive. Vinham com gírias e dialetos que
fiquei boiando (risos). Mas o pessoal é super bacana mesmo!
Estar em um jogo de Copa do Mundo foi a realização de um
sonho, ainda mais em casa! O problema é que, como disse anteriormente, foi
completamente diferente do que imaginava e achei broxante, o termo é este.
Culpa destas pessoas nada a ver, que nem curtem futebol de verdade. Devem ser
destes que só torcem em copa mesmo e se o Brasil joga bem. Isso acabou com o
meu dia.
A organização do evento foi ótima, embora o estádio
estivesse mal acabado e sujo. E metade das obras também não estavam prontas.
Tirando isso, foi legal.
* Elias Luiz Mussi
Falarz, 26 anos, é jornalista, mora em Curitiba e torce para o Coritiba. Elias
tem um canal no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCJX5d-EY9ZWT2b2TqvQefJw),
controla o site www.hinomaru.caster.fm e o blog Futebol Nippon.
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