Inglaterra e Costa Rica não estava no meu cronograma
inicial de jogos, afinal tinha conseguido ingresso para Japão e Colômbia, em
Cuiabá, na mesma data. Porém, não tinha encontrado passagem aérea para a
capital mato-grossense que se enquadrasse no meu orçamento. Assim, seria um
jogo a menos para mim no Mundial. A sorte é que através do amigo Paulo Afonso, consegui a entrada para
a partida do Mineirão.
O clima era sensacional! Ao chegar ao estádio, ficamos encantados com as
tradicionais bandeiras inglesas, cada qual contendo o nome de equipes da terra
da rainha. Os "ticos" faziam a festa por todo entorno do Mineirão,
pois sabiam que a seleção da Costa Rica já havia feito história nesta Copa. Os
ingleses, mesmo eliminados, não ficavam atrás no quesito animação.
Inglaterra e Costa Rica jogavam pela última rodada do
grupo D, o chamado grupo da morte, que além das duas seleções era formado por
Itália e Uruguai. Antes do
Mundial ninguém imaginava que a seleção inglesa chegaria para essa partida
eliminada e a Costa Rica estaria brigando pela liderança do grupo! Mas foi o
que aconteceu.
Fui para o meu setor sozinho e fiquei na expectativa do
jogo. Os ingleses fizeram o aquecimento bem à frente de onde eu estava
posicionado. Fiquei bem próximo
dos ingleses e confesso que os ver cantando “God Save the Queen” foi um dos
pontos altos da Copa. A maneira de torcer dos britânicos também é cativante. Apesar
do placar em branco, a partida foi bem movimentada e com boas chances de gol.
O time europeu merecia até ter saído com a vitória, seria
um consolo para sua decepcionante campanha no Brasil, mas o empate garantiu o
primeiro lugar do grupo para seleção da Costa Rica, que foi a maior surpresa
desta Copa, até pelo o que eles continuariam fazendo na competição.
O jogo não foi tão emocionante
Na volta para o centro de Belo Horizonte, dentro do ônibus que era
disponibilizado para os torcedores, fizemos amizade com o pessoal gente boa da
Costa Rica: Marcelo Solis,
Rodolfo Arce e Alejandra Alpizar Alvarenga.
Prolongamos a noite com boas histórias sobre futebol e acompanhamos os amigos
até o terminal rodoviário da cidade, onde fui presenteado com a bandeira da
Costa Rica. No caminho descobrimos que no país deles também existe um povo, que
assim como os mineiros que quando falam que algum lugar é perto, se prepare,
pois a caminhada é longa!
A partir daquele momento, passei a torcer muito pelos “Ticos”. Eu ainda voltaria a revê-los em Brasília, mas combinamos de um dia visitá-los na Costa Rica e ver um jogo da Liga Deportiva Alajuelense, time na qual eles são torcedores. Depois de me despedir dos amigos, era hora de voltar para São Paulo, pois de lá iria para o distrito federal, para outra emocionante partida: Portugal x Gana!
* Luiz Gustavo Folego (na direita), 33 anos, é bancário, mora em Mauá-SP e torce
para o Grêmio Mauaense.
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