Ochoa fez a defesa mais bonita da Copa
* por Anderson
Almeida, o Piruca
Assistir
um jogo de Copa do Mundo sempre foi um sonho para mim, que frequento estádios
desde 1989. O anúncio de que o Mundial de 2014 seria no Brasil chamou muito a
minha atenção, pois assim eu poderia estar presente em jogo de muitas emoções.
Para
realizar este sonho, fiquei várias e várias noites sem dormir, ligado no site da Fifa. Tentei comprar alguns jogos,
mas sem sucesso. Até que um dia, as vendas para o jogo Brasil e México, em
Fortaleza, estavam liberadas e consegui garantir minha presença em um jogo da
Copa.
Anderson foi destaque em sites por causa de suas tatuagens
Como
moro em Mauá, na grande São Paulo, fui de avião até a capital cearense e fiquei
hospedado na casa de um amigo. No dia 17 de junho, data da partida, foi bem
fácil chegar ao Estádio Castelão, pois a casa de meu amigo é próxima ao
estádio.
Hino Nacional Brasileiro no estádio
O
clima antes do jogo era o mais animador possível, tanto dentro como fora do
estádio. Também fiz muito sucesso (risos). Acabei dando entrevistas para alguns
jornais e canais de TV, até saí nas matérias de alguns sites, como UOL e BOL,
por ter tatuado no meu peito o Mito Neymar e o Rei Pelé. Grandes nomes do
Santos FC e da Copa do Mundo.
Também
aproveitei para conversar e tirar fotos com muitas pessoas. Brasileiros,
mexicanos, gente de outras nacionalidades. Como disse antes, o clima era muito
animador, o que facilita muito esta confraternização.
Dentro do estádio foi só festa!
A
partida foi show de bola, mas pena que não teve gols. O Brasil pressionou muito
e o Neymar, no primeiro tempo, deu uma linda cabeçada. Porém, o goleiro
mexicano Ochoa estava inspirado naquela tarde e o jogo, apesar de muito
movimentado, terminou 0 a 0. Apesar de não ter sido o resultado esperado e uma
ponta de decepção por causa disso, nada tirou minha animação de ter visto a um
jogo da Copa.
No
final, para mim, foi uma experiência única assistir a um jogo do Mundial. Frequento
estádios desde quando os meus cinco anos de idade, mas nunca havia assistido
uma partida de Copa do Mundo. A sensação foi maravilhosa, muito emocionante. Na
minha opinião, a Copa do Mundo poderia ser sempre no Brasil (risos).
* Anderson
Aparecido Alves de Almeida, o Piruca, 30 anos, mora em Mauá-SP e torce para o
Santos FC. Anderson é micro-empresário na área de Agência de Viagens. Na página do facebook, você pode conferir dados sobre a agência e
promoções.
Ao
parar para abastecer o carro, o frentista do posto, muito conversador, ao saber
que eu vinha do jogo e que era de São Paulo, me perguntou se eu realmente iria
passar pelo Ceará e deixar de conhecer Canoa Quebrada, que ficava à poucos
quilometros daquele posto de combustível. A tentação foi grande. Não deu outra.
Passamos o dia naquela praia maravilhosa e só retomamos a viagem no final da
tarde.
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Um fanático por futebol vendo o Brasil jogar
* por Leonardo Correia
Por
ser amante do futebol e frequentar diversos estádios, sempre acompanhando o meu
time do coração, o Santos FC, desde criança, fiquei muito empolgado com a
escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014, pois aquela seria uma
grande oportunidade de viver o clima do maior evento de futebol do planeta.
A
minha preparação para a Copa do Mundo começou em 2013, na Copa das
Confederações, pois foi um evento teste da Fifa para a Copa do Mundo. Fui
contemplado para os dois únicos jogos que me inscrevi, a abertura (Brasil 3x0
Japão, no Estádio Nacional, em Brasília) e para a grande decisão (Brasil 3x0
Espanha, no Maracanã, no Rio de Janeiro). Em ambos os jogos, estive com o meu
inseparável companheiro de torcida, o Lucca, meu filho de 11 anos de idade.
Brasil teve as melhores chances, mas não marcou
Contava
nos dedos os dias que restavam para o inicio do processo de venda dos ingressos
para a Copa do Mundo e, quando este momento chegou, não perdi a oportunidade de
me cadastrar para sete jogos, o limite máximo permitido. Requisitei, para cada
um destes jogos, quatro ingressos de categoria 4, todos de meia entrada para
estudantes, para mim, a minha esposa, meu filho e minha enteada.
Me
programei e passei as férias na casa do meu sogro, em São Miguel do Gostoso, no
Rio Grande do Norte e, os preços das passagens aéreas nesse período de Copa do
Mundo estavam longe do alcance do meu orçamento, alugamos um carro popular e
programamos a viagem de 520 Km até Fortaleza.
Eu,
a Priscila, o Lucca e a Isabelle, saímos de Gostoso por volta das 5 horas do
dia do jogo e, seguimos para Fortaleza guiados pelo meu GPS desatualizado, em
um carro popular, sem direção hidráulica e ar condicionado, além de não ter
conseguido nenhuma reserva antecipada para pernoitar na cidade após o jogo.
Tudo
isso era muito pequeno diante da nossa empolgação em assistir mais um jogo da
Seleção Brasileira na Copa do Mundo e vivenciar todo aquele clima fantástico e
inexplicável que envolve este evento.
Chegamos
em Fortaleza 4 horas antes do início do jogo. Estacionamos o carro em um dos shoppings
da cidade e utilizamos o transporte gratuito oferecido aos torcedores que iriam
ao estádio. No ônibus, brasileiros e mexicanos interagiam, cantavam, tiravam
fotos juntos e arriscavam palpites quanto ao resultado da partida. Tudo no
melhor clima possível.
Um
dos pontos negativos foi o acesso ao estádio, pois era necessária uma longa
caminhada até os portões, uma vez que muitas ruas e avenidas no entorno estavam
completamente interditadas. Apesar disto, todo esse esforço valeu à pena, pelo
menos para quem ama futebol, como eu, ao se deparar com a fantástica estrutura
do estádio Castelão.
Ficamos
em cadeiras localizadas a poucas fileiras do campo, atrás do gol, e tínhamos
uma bela visão do campo e das arquibancadas coloridas em verde, amarelo… e
vermelho.
Foto com mexicanos
Havia
uma enorme expectativa pelo Hino Nacional à capela, antes do início da partida,
pois, segundo os cearenses que estavam no estádio, esta tradição havia começado
por lá, na Copa das Confederações. Foi lindo. Foi de arrepiar. Inesquecível!
Apesar
do show da torcida brasileira antes do jogo, a torcida mexicana foi muito mais
barulhenta, não deixando de empurrar a sua seleção durante os 90 minutos. Além
do tradicional grito e “bicha” entoado no estádio durante as cobranças de tiro
de meta pelo goleiro da nossa seleção.
O
goleiro mexicano foi o grande destaque do jogo, evitando o gol em jogadas de
Neymar, Paulinho e, no finalzinho do jogo, a maior chance de todas, na cabeçada
à queima roupas do zagueiro Thiago Silva.
O
placar de 0x0, infelizmente, não permitiu uma festa maior nas arquibancadas e
já apontava algumas fragilidades da nossa seleção, que seriam reveladas
adiante.
A
volta pra casa? Essa foi uma outra aventura.
Com
não havia disponibilidade de hospedagem em Fortaleza, resolvi pegar o caminho
de volta pra Natal, decidido a parar nas cidades menores que encontrasse no
caminho para descansar. Só consegui uma pousada, bem simples, numa cidade
distante quase 100 km de Fortaleza. Neste local, para minha surpresa, estavam
hospedados muitos mexicanos que vieram acompanhar a seleção.
Apesar
da pouca estrutura, a pousada atendeu as nossas necessidades por banho e
descanso.
No
dia seguinte, às 7 da manhã já estávamos na estrada rumo ao Rio Grande do
Norte.
* Leonardo Correia dos Santos, o Léo, 34 anos, é gestor de Saúde Pública, mora em Cubatão-SP e torce para o Santos FC.
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