Messi cercado por marcadores bósnios
* por Gabriel dos Santos Andrade
Eu sou um crítico da administração do futebol
brasileiro, então minha primeira reação com a confirmação da Copa foi ruim,
imaginei que seria uma roubalheira desenfreada e, para ser bem sincero, não
fiquei feliz. Quando os jogos foram se aproximando, mesmo que em minha opinião
houve a confirmação de muitos dos receios, fui me animando (risos).
Consegui o ingresso da seguinte forma: um amigo
comprou na primeira data, direto no site da Fifa, todos os jogos do Maracanã na
primeira fase. Um dia conversando outros assuntos com ele, surgiu que ele tinha
um ingresso e me convidei para ir ao jogo. Como ele é gente boa, me vendeu no
preço oficial.
Argentinos na orla da praia do Rio de Janeiro
Moro longe, fiz uma viagem extensa desde a minha casa,
mas bem divertida. Passei pelo aeroporto de Guarulhos, que estava bem colorido
e animado, e já fui entrando no clima da Copa. Depois, passei pela rodoviária
do Rio de Janeiro, e cheguei de metrô ao Maracanã. Este trajeto pelo Rio de Janeiro
foi bem tranquilo.
Gostei muito do clima da Copa no Maracanã. Eu já tinha
ido ao velho Maraca e também depois da reforma do Pan 2007. Acho que mudou
muito, mas como estava muito feliz de estar ali, não busquei ver defeitos, só
aproveitar.
Vídeo de amigos de Gabriel
O jogo em si não foi tão bom, pois estava torcendo
para a Bósnia, inclusive com a camiseta deles (risos). A Argentina fez um gol
logo no começo e fiquei com medo de que viria uma goleada, mas não se
confirmou. O jogo foi amarrado e, no segundo tempo, o Messi fez o dele, numa
jogada bem típica do jogador: arrancada pela ponta-direita, corta para o meio e
dribla quem aparece pela frente e deu um chutaço, impossível para o goleiro
defender.
No final, a Bósnia ainda fez um gol. Foi o único
momento onde deu para dar umas risadas e tirar um sarro de alguns argentinos. É
bom ressaltar que não vi nada de briga, até porque era a estreia deles e o
clima bélico não estava instalado.
Antes da entrada das equipes
Como eu fui com a camisa da Bósnia, um cara chegou
para falar comigo, em bósnio. Foi muito engraçado! Eu desenrolei num inglês
mais ou menos com ele e conversamos um pouco. Além disso, eu peguei uns copos
personalizados da partida, que tenho guardados até hoje.
Assistir a um jogo de Copa do Mundo é demais! Ainda
mais no meu caso, que junta muita coisa: o Mundial, o Maracanã, ver o Messi ao
vivo, é fantástico. Naquele dia, realmente não achei que eles, os argentinos,
chegariam à final. E olha que chegaram e, por muito pouco, não foram campeões.
* Gabriel dos Santos Andrade (o primeiro da esquerda para a direita), 33 anos, trabalha
com distribuição de cosméticos e, apesar de brasileiro, mora em Montevidéu,
capital do Uruguai. Gabriel é torcedor do Tupi FC, de Juiz de Fora, o Galo Carijó,
campeão brasileiro da Série D de 2011.
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