Belo gol de falta do Wanderers, abrindo o marcador
Ontem contei aqui como foi o jogo que assisti pelo Campeonato Uruguaio no dia 14 de março deste ano, um sábado, entre Nacional e River Plate, que fui durante minhas férias e um pouco antes do blog ser criado. Neste jogo estavam comigo minha esposa Elis Rebouças e os irmãos Cuevasanta, Rossina e Joel, grandes amigos. Agora, vamos para o dia seguinte, domingo, onde pude fazer uma rodada dupla.
Assistir a dois jogos do Campeonato Uruguaio no mesmo dia
não é uma tarefa das mais difíceis. A grande maioria dos times do campeonato é
de Montevidéu. Então, é só torcer para que os jogos não sejam o mesmo horário e
a rodada dupla está com meio caminho andado. É só você comparecer.
Torcida pequena, mas muito fanática, chegando ao Parque Vieira
Após o jogo do sábado, Elis e eu saímos para jantar,
passeamos mais um pouco na charmosa e aconchegante capital uruguaia e voltamos
ao hotel para descansar. Acordei cedo no domingo, por volta das 8 horas. Como
minha esposa quis descansar pela manhã, “pedi permissão”, fui tomar meu café e, em seguida, fui sozinho em direção ao Parque Prado, mais precisamente para o
Estádio Alfredo Victor Vieira para assistir ao meu segundo jogo naquele fim de
semana: Montevideo Wanderers contra Atenas de San Carlos, que começaria às 10
horas.
Para chegar ao estádio, caminhei duas quadras até o
Boulevard Gal. Artigas e peguei um ônibus para o Parque Prado. O sistema de
transporte coletivo de Montevidéu é simples, mas muito eficiente. O único luxo
nos veículos são as cortinas, como tinha por aqui antigamente. Porém, os
horários são cumpridos quase sempre à risca. Para se ter uma ideia, somando os
tempos de espera na ida e volta do jogo, não passei 10 minutos nos pontos de
ônibus.
Sociais do acanhado estádio
Tinha conferido no mapa onde eu deveria descer, mas fiquei
ainda mais sossegado quando no ponto seguinte, subiu um homem de cerca de 50
anos com a camisa dos Bohemios, como o Wanderers é conhecido, com seu filho.
Mais próximo do estádio, subiu outro cara, com a camisa do AC/DC e tatuagem do
clube. Quando desci do ônibus, percebi que a grande maioria dos torcedores que
estava indo ao jogo tinha o escudo do Wanderers tatuado, inclusive o senhor de
cerca de 50 anos. Isto prova que, apesar de pequena, a torcida do Wanderers é
bem fanática.
Fui até a “boleteria” comprar meu ingresso. Paguei 150
pesos, cerca de R$ 16,00, e adentrei ao campo. O Estádio Alfredo Victor
Vieira é pequeno e até um pouco desleixado, ao contrário do Gran Parque Central,
que está bem cuidado. Porém, a sensação de ver um
jogo naquela cancha acanhada é indescritível!
Equipe da casa entrando em campo
O Wanderers, mesmo com um time
misto, devido à disputa da Copa Libertadores, começou melhor a partida e com
mais posse de bola e fez 1 a 0 em uma bela cobrança de falta aos 25 minutos de
jogo. Festa dos pouco mais de mil torcedores que estavam presentes ao Parque
Vieira.
Os Bohemios continuaram melhores
na partida, tendo chances, inclusive, de aumentar a contagem. Porém, como quem
não faz leva, os visitantes surpreenderam e, no último lance do primeiro tempo,
empataram: Wanderes 1, Atenas 1.
No intervalo, caminhei pelo estádio
e, logo de cara, uma curiosidade: crianças jogando futebol com gols caixote em
um gramadinho atrás de uma das arquibancadas. Sensacional! Além disso, pude ir
até a porta do vestiário, onde tirei foto no back drop de entrevistas da
equipe. Conferi também um fotógrafo vendendo fotos novas e históricas da equipe
boemia. De alimentação, além dos tradicionais churros e tortas fritas, vendiam
também o choripan, um sanduíche de linguiça tradicional no país.
No segundo tempo, o Wanderers voltou
apático e só não tomou o gol da virada logo de início porque o goleiro do time
da casa fez três grandes defesas. Mas, por incrível que pareça, quando “Los
Bohemios” voltaram a ter o domínio da partida, tomou um gol de contra ataque,
em uma infelicidade do goleiro, que até aquele momento era o destaque do jogo:
2 a 1 para a equipe visitante.
Apesar da pressão, o Wanderers foi derrotado
Nos últimos minutos, o Atenas
ficou com os onze jogadores atrás da linha da bola e o Wanderers foi para o
abafa, tentando buscar o empate. No fim, os visitantes voltaram para San Carlos
com três pontinhos na bagagem.
Saí do estádio, peguei o ônibus
e voltei para o hotel, onde me encontrei com minha esposa, que aproveitou a
manhã para descansar. Depois, saímos para almoçar e nos preparamos para o
último capítulo da série final de semana de futebol uruguaio: O jogo entre
Peñarol e Defensor no Centenário. Mas esta história fica para amanhã.
Victor, como escrevi anteriormente, também estive nessa cancha. Wanderers x El Tanque Sisley, domingo de manhã. Após o jogo, caminhei à procura de um ponto de ônibus que me levasse até o Parque Central. No meio do caminho, dei de cara com o estádio do Bella Vista e entrei. Fui na lanchonete, e uma senhorinha me tratou muitíssimo bem. O estádio tava bem malcuidado, deu pena de ver. Comi um lanche, e de lá fui pro jogo do Nacional. Tenho muitas fotos desses jogos. Abraço.
ResponderExcluirBeto