Milton Cruz em ação durante a Olimpíada de Los Angeles, 1984
Quando se fala de jogador de futebol em Cubatão o
primeiro nome que sempre vem na cabeça é do grande meia Pita. Muitos também
lembram do volante Axel e do centroavante Cláudio Adão. Porém, poucos lembram
que o atual técnico do São Paulo Futebol Clube, Milton Cruz, também é da
cidade.
Milton Cruz nasceu em Cubatão, no dia 1 de agosto de 1957
e passou sua infância na Vila Fabril. Deu seus primeiros chutes no campo do
bairro, o mesmo onde Pelé fez seu último jogo como amador. Em 1970, o time da
Fabril, o Comercial Santista, o chamou para jogar .
Milton tinha 13 anos.
No São Paulo ele era reserva de Serginho
Na Fabril, logo percebiam as qualidades do atacante e,
quando estava no juvenil do Comercial Santista, Milton Cruz foi chamado para
jogar pelo Aliança de São Bernardo. Na época, a equipe azul do ABC tinha uma
equipe profissional, que lotava seus jogos.
Mas quis o destino que o atacante passasse pouco tempo em
São Bernardo e Milton Cruz foi para o clube que marcaria sua vida: o São Paulo
FC. O atacante fez seus últimos anos de
categoria de base no tricolor e estreou nos profissionais em 1977, no ano em
que o São Paulo conquistou seu primeiro título brasileiro.
Milton Cruz no Nacional. Ele é o terceiro agachado
Na verdade, apesar da qualidade, Milton Cruz não tinha
muitas chances na equipe titular. Ele era reserva do centroavante Serginho, que
depois ganharam a alcunha de Chulapa como “sobrenome”. Querendo jogar, o
cubatense aceitou uma proposta do Nacional do Uruguai e desembarcou em
Montevidéu no início de 1980.
No futebol charrua, Milton Cruz teve êxito. Foi o artilheiro
da equipe nos anos em que ficou por lá. Os bolsoneros (torcedores do Nacional)
o respeitavam muito, e ele foi titular nos três anos em que passou no Uruguai.
O cubatense na chegada ao Internacional
Em 1983, Milton deixa o Bolso, atravessa a fronteira e
desembarca em Porto Alegre, para jogar no Internacional. Foi nesta época em que
o jogador recebe sua chance na Seleção Brasileira, mesmo que de forma
inusitada.
A CBF definiu que, para os Jogos Olímpicos de 1984, em
Los Angeles, o Internacional, com alguns reforços, representaria o Brasil no
torneio de futebol. Milton Cruz estava entre os jogadores selecionados do clube
para ir para as Olimpíadas.
Marcelo Oliveira, atual técnico do Cruzeiro, e Milton Cruz
O Brasil fez uma boa campanha, chegando na final do
torneio olímpico. Era a primeira vez em que a Seleção Brasileira chegava na
final da competição. Porém, uma derrota para a França deixou o Brasil com a
medalha de prata.
Em 1985, Milton Cruz trocaria o Sul pelo Nordeste. Foi
contratado pelo Sport, onde jogou por dois anos. Depois de um ano no
rubro-negro do Recife, o jogador foi para a Catuense, da Bahia, onde ficou por
pouco tempo. Depois, uma breve passagem pelo Náutico e uma nova aventura na carreira.
No Botafogo bi-campeão de 1989 e 90. Ele é o segundo agachado
Em 1988, Milton Cruz desembarcou no Japão para defender o
Yomiuri, atual Verdy Tokyo. O jogador foi um dos primeiros brasileiros a atuar
no futebol japonês. Depois de um ano, Milton aceitou a proposta do time da
Nissan, onde ficou seis meses e voltou para o Brasil.
Milton Cruz foi para o Botafogo do Rio. No time da
estrela solitária, o jogador fez parte do elenco bi-campeão carioca, tirando o
time de uma grande fila. Em 1990, Milton Cruz volta para o Japão, defende o
Kashuma Antlers por dois anos e encerra a carreira.
Pioneiro no futebol japonês
Mesmo parando de jogar, Milton Cruz não para com o
futebol. Ainda na década de 90, ele volta para o São Paulo, mas desta vez para
trabalhar na Comissão Técnica do tricolor. Como consultor técnico, Milton Cruz
teve que assumir a equipe principal algumas vezes. Foram 30 jogos desde 1999
até a partida contra o Corinthians na Libertadores.
Como técnico do São Paulo
Taí, mais uma história, que não deixa uma certa afirmação virar um mero "cliché", a de Cubatão ser um celeiro de atletas.
ResponderExcluirP.S.: Esta do Milton Cruz, nem fazia idéia.
Parabéns, não apenas pelo texto, mas pelo blog.