Eurico Miranda tenta acalmar os torcedores para reiniciar, em vão, a partida
Em 30 de janeiro de 2000, o Vasco da Gama entrava no gramado do Estádio São Januário para enfrentar a sensação do futebol brasileiro daquele momento, o São Caetano. O embate seria pela decisão da Copa João Havelange, que substituiu o Brasileirão daquele ano devido a um imbróglio jurídico envolvendo Gama, Botafogo e Internacional. A palavra 'seria' é porque o título não foi decidido, já que a partida não terminou.
O Vasco da Gama tinha um dos melhores times do país, com atletas do quilate de Juninho Pernambucano, Felipe, Junior Baiano e Romário, que era o grande artilheiro do país. Apesar da troca abrupta de treinador no final do ano, Oswaldo de Oliveira por Joel Santana, a equipe vinha bem e já tinha conquistado a Copa Sul-Americana, após uma virada histórica contra o Palmeiras.
Já o São Caetano era a grande surpresa na competição. Vindo do Módulo Amarelo, onde foi vice-campeão, o Azulão veio despachando os grandes, um a um, no mata mata da competição. Fluminense, Palmeiras e Grêmio foram as vítimas da sensação do futebol brasileiro e com um detalhe: a equipe do ABC Paulista fazia grandes jogos fora de casa.
Nos 23 minutos de jogo, o São Caetano teve a melhor chance
Com toda a confusão na organização da competição e os problemas jurídicos, a Copa JH, como era conhecida, se arrastou até os últimos dias de 2000. O primeiro jogo da final, no Parque Antarctica, foi no dia 27 de dezembro. O talentoso lateral esquerdo César, que foi para a Seleção Brasileira ainda como jogador do São Caetano e depois fez carreira no futebol italiano, abriu o placar para o Azulão, aos 14 minutos. Porém, aos 27', Romário, com seu faro de gol ímpar, empatou o jogo para o Vasco. E assim, a decisão iria para São Januário.
E no dia 30 de dezembro as duas equipes entraram em campo para decidir a competição. Aproveitando-se do regulamento e da capacidade oficial de seu estádio, o Vasco preteriu o Maracanã e mandou o jogo no São Januário, que estava abarrotado de gente, assim como foi na Copa Libertadores dois anos antes.
E o jogo iniciou com o incrível São Caetano tendo maior volume de jogo. Ainda no início, Adhemar teve duas chances no mesmo lance: no primeiro, Helton espalmou e a bola ainda bateu na trave. No rebote, o atacante do azulão arrematou forte, mas o goleiro vascaíno fez grande defesa, espalmando a bola para a linha de fundo.
O momento da queda do alambrado
Para piorar a situação do Vasco, Romário sentiu uma contratura muscular e foi substituído por Viola. Mas aos 23 minutos aconteceu o fato entrou na lista de tristes histórias do futebol brasileiro. Uma briga entre torcedores causou um empurra-empurra e como o estádio estava superlotado, o entrevero resultou na queda de parte do alambrado junto às arquibancadas.
Na confusão, cerca de 150 pessoas ficaram feridas, três delas com gravidade. Ambulâncias e médicos entraram no gramado de São Januário para socorrer as vítimas e uma parte da torcida também invadiu o campo, sendo que muitos ajudaram no resgate das pessoas. O clima de festa transformou em preocupação.
No meio desta história, veio a segunda confusão do dia, desta feita entre dirigentes. O então vice-Presidente do Vasco, Eurico Miranda (mas que na verdade já era o manda chuva do clube), era favorável ao reinício do jogo e a diretoria do São Caetano era contra. A Defesa Civil e a Polícia Militar do Rio de Janeiro deram pareceres favoráveis ao reinício do jogo, mas o Governador do Estado, Anthony Garotinho, determinou a suspensão da partida. Alguns comentários diziam que a Rede Globo, que transmitia o jogo, também era contra o reinício, já que atrasaria toda a sua grade de programação.
Houve então pequenos tumultos isolados causados por torcedores revoltados com a suspensão do jogo, logo contornados pela Polícia Militar. Apesar disso, a saída dos torcedores do estádio foi de forma ordeira. Para aumentar a confusão, os jogadores do Vasco deram uma volta olímpica com a taça, já que o resultado de 0 a 0 daria o título ao cruzmaltino. Já os diretores do Azulão alegavam que o título deveria ser do São Caetano, já que o mando de campo era do time carioca e a confusão foi toda com a torcida do Vasco e, por isso, os pontos da partida deveriam ser dados ao Azulão.
Porém, a direção do Clube dos 13, organizadora da competição, resolveu fazer um novo jogo no dia 18 de janeiro de 2001. Como São Januário foi interditado, a partida foi no Maracanã, com entrada gratuita e limitada a 60 mil espectadores.
Com um novo jogo, o Vasco pode contar com força máxima, inclusive Romário, que tinha sido substituído na partida cancelada. Aliás, Eurico Miranda resolveu provocar a Rede Globo, fazendo com que o cruzmaltino entrasse em campo com o logo do SBT, emissora concorrente, em suas camisas. Dizem que nem Silvio Santos sabia disso.
Reportagem sobe o jogo interrompido
O São Caetano, que já tinha dado férias a seus jogadores, não se aprontou direito para a partida e ao contrário dos 23 minutos jogados no dia 30 de dezembro e tomou um vareio de bola. Juninho Pernambucano abriu o marcador aos 30 minutos, Adãozinho empatou aos 37', mas Jorginho Paulista fez o segundo do Vasco. Na etapa final, Romário, aos 8', deu números finais à partida: 3 a 1 para o time cruzmaltino, que sagrou-se campeão da Copa João Havelange de 2000.
Só podia acontecer isso mesmo , campinho prá 18 mil pessoas esse presidente idiota quiz colocar mais de 30 mil ,deu no que deu
ResponderExcluirseu cu!!!!18.000 vc sabe ler?, vc sabe usar a internet?, pequise, informe se!!!
ResponderExcluircampinho ridículo sim... São Sanitário. de série C. pesquisa você espertalhão aí e verá que Cascavel, Ypiranga e dezenas de clubes do interior tem estádios melhores que essa espelunca.
ResponderExcluirVascabunda
ResponderExcluir